O senador potiguar Rogério Marinho disse admirar “muito” Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados, e defendeu a presunção da inocência ao parlamentar. A Polícia Federal encontrou, na sexta-feira (19), cerca de R$ 400 mil em dinheiro vivo no flat do deputado, que alegou que o valor era da venda de um imóvel.
A declaração de Rogério foi dada em entrevista ao site Poder360. Além de Sóstenes, outro alvo da PF foi o deputado Carlos Jordy, também do PL. Segundo a Polícia Federal, as investigações indicam a existência de um esquema criminoso em que “agentes públicos e empresários teriam estabelecido um acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares”.
“Ninguém está acima da lei. Qualquer um pode ser investigado e, se for pego em alguma contravenção, tem que responder. O deputado [Sóstenes Cavalcante] deu entrevista, descreveu como estava sendo imputado de eventuais crimes por Flávio Dino no aluguel de um carro que estaria abaixo do preço de mercado. E falou do recurso aprendido. Segundo ele, é fruto da venda de uma propriedade. E que enviaria ao Judiciário as provas. Todo mundo tem o direito à presunção de inocência. Eu admiro muito Sóstenes e o deputado Carlos Jordy. Espero que possam provar sua inocência e continuar sua atividade como parlamentar”, afirmou Rogério, em entrevista publicada no sábado (20).
Os mandados contra Cavalcante e Jordy foram cumpridos no âmbito da operação Galho Fraco, que apura indícios de desvio de cotas parlamentares para cobrir “despesas inexistentes ou irregulares”. A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal.
No mesmo dia da operação, o líder do PL na Câmara se pronunciou e disse que não havia depositado os cerca de R$ 400 mil no banco, em que alega ser da venda de um imóvel localizado em Minas Gerais, por conta da “correria de trabalho” e que isso foi um “lapso”.
“Eu vendi um imóvel e recebi, dinheiro lacrado, tudo normal. É uma venda de um imóvel que estará, já está o imóvel declarado no meu Imposto de Renda, tudo, não tem nada de ilegalidade quanto a isso”, afirmou Sóstenes.
“Quem quer viver de dinheiro de corrupção bota em outro lugar, vendi um imóvel, o dinheiro, o imóvel me foi pago com dinheiro lícito e está lacrado, tem origem”, sustentou.
Fonte: saibamais.jor.br






