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Terceiro poço exploratório da Petrobras será perfurado na Bacia Potiguar, anuncia governo do RN


A Petrobras vai perfurar o terceiro poço exploratório em águas profundas na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. A decisão foi anunciada pelo governo do Estado neste sábado (23), após reunião realizada na sexta-feira (22) entre a governadora Fátima Bezerra, a presidente da companhia, Magda Chambriard, e diretores da empresa.

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O novo poço, denominado Mãe Ouro, será perfurado a aproximadamente 52 km da costa potiguar e em profundidade superior a 2 mil metros. Ele se junta aos poços Pitu Oeste e Anhangá, que já foram perfurados na mesma região e seguem em análise de viabilidade técnico-comercial. Segundo o governo, levantamentos sísmicos indicam forte potencial de descoberta de petróleo, podendo viabilizar a formação de um cluster offshore, termo usado para descrever atividades econômicas concentradas fora da costa. A previsão é que a sonda inicie a perfuração em janeiro, após aprovação do Ibama para a transferência.

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Para a governadora Fátima Bezerra, a perfuração do poço Mãe Ouro representa um passo importante no desenvolvimento econômico do estado. “A perfuração desse terceiro poço sinaliza o compromisso da companhia em desenvolver a exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, trazendo grande potencial de desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Norte, com geração de emprego e renda para o nosso povo”, afirmou. Além disso, a presidente da Petrobras deve visitar o estado em outubro para discutir novos investimentos e parcerias.

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A Bacia Potiguar integra a chamada Margem Equatorial, região de mais de 2,2 mil km de extensão ao longo da costa brasileira, entre o Rio Grande do Norte e o Oiapoque, no Amapá. Considerada a mais nova fronteira exploratória em águas profundas e ultraprofundas do país, a área já foi chamada de “novo pré-sal”. Recentes descobertas no estado incluem petróleo no poço Anhangá (abril de 2024) e hidrocarbonetos no poço Pitu Oeste (janeiro de 2024).

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Apesar do potencial econômico, ambientalistas alertam para riscos de impactos ambientais na região, que abriga ecossistemas sensíveis e está próxima a outras bacias importantes, como a Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas e do Ceará. O debate sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial ainda envolve preocupações com a segurança ambiental e a preservação do litoral nordestino.

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