A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), descartou antecipar sua renúncia do cargo e afirmou que permanecerá à frente do Governo do Estado até o prazo máximo permitido pela legislação, previsto para o início de abril de 2026. A decisão é necessária para que ela possa disputar mandato no Legislativo, já que a governadora é pré-candidata ao Senado.
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“Eu vou renunciar no prazo certo, o prazo que a legislação estabelece, que é abril. Ponto”, afirmou Fátima em entrevista à TV Band Natal nesta segunda-feira (8).
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Com a renúncia de Fátima, o governo ficará sob responsabilidade do vice-governador Walter Alves (MDB). Por lei, ele poderia concorrer à reeleição como governador, mas já declarou que não pretende disputar o cargo.
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“O vice-governador está focado em recompor a presença do MDB na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados e conta com o nosso total apoio. Para nós, é muito importante o fortalecimento do MDB”, disse a governadora.
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O PT, por sua vez, indicaria apoio a uma eventual candidatura de Walter. Como ele não deseja entrar na disputa, o partido trabalha agora a pré-candidatura do atual secretário estadual de Fazenda, Cadu Xavier (PT).
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“A candidatura do nosso grupo a governador tem nome: chama-se Carlos Eduardo Xavier, Cadu Xavier. Candidatura para valer, para ir inclusive ao segundo turno. Eu estou com pés no chão, mas estou muito, muito, muito motivada”, acrescentou a petista.
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Fátima Bezerra também informou que está articulando a formação de uma frente de partidos de perfil progressista para a disputa de 2026. Além da federação entre PT, PV e PCdoB, ela citou o apoio de PSB, PDT, Rede e Psol. Sobre este último, a governadora comentou:
“Talvez o pessoal nem lance candidatura no primeiro turno e já no primeiro turno venha conosco”.
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Aliados de Walter Alves defendem que a transição de gestão seja acelerada, possibilitando maior participação do MDB no governo. O deputado estadual Dr. Bernardo afirmou que o partido deseja ocupar mais espaços e contribuir com a gestão de forma gradual.
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“É interessante para o MDB ocupar espaços e contribuir com o Governo”, disse o parlamentar em julho, em entrevista ao AGORA RN. Questionado sobre a possibilidade de Fátima antecipar sua renúncia ainda este ano, Dr. Bernardo declarou que não fez nem fará essa sugestão, ressaltando que isso só ocorreria de forma harmônica e republicana.
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“Não se sugere a alguém que está no exercício do mandato legitimamente conquistado que se renuncie. Isso não existe. Ninguém em sã consciência iria sugerir isso, e eu não sugeri. O que existe de fato é um desejo do MDB de contribuir com o governo, iniciando a transição de forma harmônica e republicana”, enfatizou.
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Na semana anterior, Dr. Bernardo já havia declarado ao jornal Diário do RN que o MDB buscava mais espaço no governo e que a antecipação da renúncia de Fátima seria “ideal” para o partido, mas que o tema ainda não havia sido discutido oficialmente com a governadora.
