Portugal viveu, nesse final de semana, eleições parlamentares que devem definir os rumos da política interna para os próximos anos. Nenhuma das duas principais forças conseguiu maioria nas cadeiras, fator necessário para montagem de um gabinete ministerial: a Agência Democrática, de centro-direita, teve 79 dos 230 assentos, enquanto o Partido Socialista teve 77.
O grande diferencial desse processo eleitoral foi o destaque obtido pelo Chega, partido de extrema-direita e anti-imigração, que alcançou 18% das cadeiras e agora tem condições de barganhar a AD para a construção de uma maioria parlamentar que dê sustentabilidade a um eventual primeiro-ministro.
Como toda eleição, essa também teve as suas caricaturas. O brasileiro Marcus Santos, de 45 anos, concorreu pela região do Porto. Fazendo parte de um partido de extrema-direita, Marcus deixou o Brasil aos 18 anos, quando foi morar nos Estados Unidos. Desde 2009, ele está em Portugal, casado com uma portuguesa e com filho no país. Segundo ele, o que o aproximou do Chega foram os “valores”, como “defesa da família, da pátria e da propriedade privada”.
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