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Categoria: Engorda de Ponta Negra

  • Vereadora Samanda realiza sessão popular em Ponta Negra para discutir problemas da orla de Natal

    Vereadora Samanda realiza sessão popular em Ponta Negra para discutir problemas da orla de Natal

    A Câmara Municipal de Natal foi até a praia na tarde desta terça-feira (1º) para uma sessão popular promovida pela vereadora Samanda Alves. O encontro, realizado no calçadão de Ponta Negra, próximo ao Morro do Careca, reuniu pescadores, trabalhadores da orla, especialistas e representantes da comunidade para debater os impactos da Engorda da Praia, o fechamento do Mercado da Redinha e buscar soluções para os desafios enfrentados na orla natalense.

    Samanda ressaltou que a sessão é fruto das constantes visitas do mandato às praias da cidade. “Desde o início, alertamos que havia questões a serem resolvidas antes da obra começar. Agora, o problema está posto, e esperamos que a gestão municipal reconheça isso e atue junto com a população para salvar o maior cartão-postal de Natal”, afirmou a vereadora, referindo-se à engorda de Ponta Negra.

    A presidenta do Conselho Comunitário da Vila de Ponta Negra, Lia Araújo, destacou a falta de diálogo da prefeitura com os moradores. “Essa praia é nossa. Não pode ser vendida ou privatizada. Aqui há vida, cultura e tradição, e a comunidade precisa ser ouvida”, defendeu.

    Ozenir Florêncio, presidente da Associação dos Permissionários da Redinha, criticou a postura da gestão municipal em relação à obra. “Sequer reconhecem que há problemas na orla. Como acreditar que vão resolvê-los? Mas estamos aqui, porque este é um ato de amor a Natal”, declarou.

    Os impactos da engorda também preocupam os trabalhadores do mar. Armando dos Santos, conhecido como Beto, presidente da Associação dos Pescadores da Vila de Ponta Negra, lamentou a falta de atenção à categoria. “O prefeito nunca olhou para os pescadores. Sempre fomos contra essa engorda porque já sabíamos dos impactos”, pontuou.

    O garçom João Maria chamou a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos ambulantes. “Muitos deixaram de trabalhar porque a areia está pesada e quente. Para quem está no ar-condicionado é fácil, mas para nós, que dependemos desse espaço, ficou insustentável”, afirmou.

    A sessão contou com a presença de representantes do Idema, Semsur, UFRN, Conselho Comunitário da Redinha, especialistas ambientais, além do deputado Francisco do PT e dos vereadores Daniel Valença (PT) e Thabata Amaral (PSOL). Ao final, foi definido que um relatório com as demandas apresentadas será encaminhado à prefeitura e aos órgãos responsáveis.

    A iniciativa reforça o compromisso do mandato de Samanda Alves em aproximar a Câmara da população, garantindo que os problemas da cidade sejam debatidos com aqueles que mais sofrem seus impactos.

  • Primeiras chuvas alagam engorda de Ponta Negra, mesmo problema aconteceu no Ceará e Santa Catarina

    Primeiras chuvas alagam engorda de Ponta Negra, mesmo problema aconteceu no Ceará e Santa Catarina

    Por Rodrigo Rafael

    O Rio Grande do Norte, sob alerta de chuvas intensas na quarta-feira (5) e na quinta-feira (6), choveu na capital potiguar em 12 horas, um acúmulo superior a 90 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A região maior precipitação foi a de Ponta Negra, na Zona Sul. No maior cartão postal, a água ficou acumulada sobre a engorda, principalmente em trecho próximo ao Morro do Careca. O problema tem sido registrado em janeiro e este mês, em ocasiões quando chove forte. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo já explicou que executa uma obra de drenagem e aterro hidráulico, e que o problema é natural.

    Em uma pesquisa em relação aos primeiros anos de obras de engorda em praias do Ceará e de Santa Catarina, os alagamentos apareceram com as primeiras chuvas. Na Praia de Iracema (CE), dois trechos de areia da Beira Mar de Fortaleza cederam após as chuvas e formaram buracos acumulando água, em 2021. A obra iniciou-se em 2019. Em Santa Catarina, a praia de Balneário Camboriú também já foi alagada devido a fortes chuvas. Inclusive, em janeiro deste ano, fortes chuvas causaram alagamentos generalizados em Camboriú, levando o município a decretar estado de emergência. Lá, a obra foi lançada em 2021.

    Segundo levantamento do MapBiomas, no período entre 1985 e 2021, o Brasil já perdeu 15% de suas praias e dunas, diante do avanço das cidades sobre o litoral. Por isso, uma das consequências vistas no país é a proliferação de obras de proteção costeira. No Rio Grande do Norte, foram quase 5 km de engorda, desde o Hotel Serhs até o Morro do Careca. A obra em Natal foi executada pela DTA engenharia, a mesma empresa que fez a engorda em Balneário Camboriú (SC). O secretário Thiago Mesquita (Meio Ambiente e Urbanismo), detalha a solução para evitar os alagamentos futuros.

    Com o novo sistema de drenagem da praia de Ponta Negra contará com 16 dissipadores de energia para reduzir a velocidade da carga hidráulica e evitar a degradação da engorda. O sistema anterior, tinha mais de três décadas e favorecia a erosão ao arrastar areia para o mar. “Dos 16 dissipadores, 10 estão prontos, dois estão na fase final de acabamento e ainda faltam seis. Esse é o motivo do desconforto visual na área, mas é uma questão de tempo”, justificou o secretário. Esses dissipadores funcionarão como caixas de infiltração para receber a água das chuvas e minimizar o impacto sobre a engorda.

    Segundo a Prefeitura do Natal, a previsão para conclusão do novo sistema de drenagem da praia de Ponta Negra é que seja finalizado, em até 40 dias. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), acompanha e fiscaliza a execução do projeto. Além do avanço de infraestruturas urbanas, as mudanças climáticas aceleram o processo erosivo — as praias são afetadas pela elevação do nível do mar e aumento da frequência das tempestades.

    *Rodrigo Rafael, jornalista, Diretor de Representação Institucional da Assembleia Legislativa e tem MBA em Environmental, Social & Governance (ESG) pelo IBMEC/São Paulo.

  • ABIH-RN apoia engorda da Praia de Ponta Negra para preservação do turismo em Natal

    ABIH-RN apoia engorda da Praia de Ponta Negra para preservação do turismo em Natal

    A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), através de seu presidente Abdon Gosson, manifestou seu apoio incondicional à obra de engorda da praia de Ponta Negra. A intervenção visa alargar a faixa de areia e conter a erosão do Morro do Careca, sendo considerada essencial para a recuperação e preservação do que é um dos principais cartões-postais da cidade.

    A importância dessa obra foi destacada não apenas por Gosson, mas também pelos principais executivos das operadoras de viagem que participaram da ABAV Expo, a maior feira de turismo da América Latina, e da Feira Internacional do Turismo (FIT) em Buenos Aires. Durante esses eventos, especialistas ressaltaram os benefícios que a engorda trará para o turismo na região.

    Giuliana Mesquita, gerente Sênior de produtos da Azul Viagens, enfatizou que a obra é importante para a preservação do Morro do Careca e proporcionará um espaço mais amplo para os turistas aproveitarem a praia. “Além de proteger o Morro do Careca, teremos um amplo espaço para os turistas aproveitarem melhor a praia”, comentou.

    Rafael Ortiz, diretor de Produtos da ViagensPromo, também reforçou que a conclusão da engorda será um passo significativo para o desenvolvimento do turismo em Natal. “Teremos mais condições de oferecer ao turista mais segurança e conforto no uso da praia de Ponta Negra, o que irá ajudar nas próximas vendas e no atrativo do destino”, afirmou.

    Na FIT, Simone Bonilha, gerente de produtos da Tourmed Operadora, mencionou que a ampliação da faixa de areia beneficiará tanto os turistas quanto a população local. “Com a ampliação da faixa de areia para 50m na maré alta e 100 na maré baixa, haverá mais infraestrutura, conforto e segurança para todos. Será uma renovação de uma das áreas turísticas mais desejadas de Natal”, disse.

    Teresa de La Torre, gerente de produtos da TopDest, acrescentou que finalizar a obra até o Morro do Careca é vital para potencializar as vendas para o destino. “Isso dará mais argumentos aos agentes de viagens argentinos para promoverem o destino Natal”, enfatizou.

    Abdon Gosson, presidente da ABIH-RN, destacou que os depoimentos recebidos durante os eventos reafirmam a urgência de concluir a obra dentro do prazo. Ele estimou que, após a engorda, haverá um impacto econômico de mais de R$ 80 milhões por ano na economia local. “Estamos confiantes de que teremos uma nova Ponta Negra, com mais segurança, conforto e lazer para quem nos visitar”, concluiu.

  • Obra de engorda continua parada

    Obra de engorda continua parada

    A obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, está paralisada há 15 dias e ainda não tem data para ser retomada. A Prefeitura de Natal aguarda o resultado de um novo laudo, encomendado pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), para se pronunciar oficialmente sobre a continuidade do projeto.

    A intervenção foi suspensa em 3 de setembro, apenas quatro dias após o início dos trabalhos, quando problemas nos sedimentos retirados do banco de areia licenciado, localizado a cerca de 7 quilômetros da costa, foram identificados. A equipe da Funpec detectou a presença de cascalho na areia, tornando-a inadequada para a obra.

    Esse é o terceiro estudo realizado na jazida em nove anos. Os estudos anteriores, realizados em 2015 e 2021, não previam esses problemas com os sedimentos. O novo laudo busca determinar se a areia retirada pode ser utilizada na engorda da praia ou se será necessário buscar outra solução.

    Enquanto o laudo não é divulgado, a draga holandesa contratada para realizar o trabalho se aproximou novamente da orla e a tubulação necessária para o transporte da areia voltou a ser instalada, sugerindo uma possível retomada assim que o parecer técnico for concluído.

    O prazo inicial para a entrega do laudo era de 7 a 10 dias, mas o período já foi superado. A DTA Engenharia, empresa responsável pela obra, afirmou que os comunicados estão sendo realizados exclusivamente pela Prefeitura de Natal, que, por sua vez, informou, por meio das secretarias envolvidas, que só irá se posicionar após a conclusão do laudo.

  • Natália Bonavides afirma que fará engorda ‘do jeito certo’

    Natália Bonavides afirma que fará engorda ‘do jeito certo’

    A candidata a prefeita de Natal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Natália Bonavides, usou o horário eleitoral gratuito desta quinta-feira (12) para atacar as atuais obras de engorda na praia de Ponta Negra e destacar falhas na gestão do atual prefeito, Álvaro Dias (Republicanos). A propaganda eleitoral de Bonavides foi marcada por uma forte crítica à condução das obras na orla da famosa praia natalense.

    Gravada no calçadão de Ponta Negra, a propaganda de Natália Bonavides exibia imagens de um protesto protagonizado por Álvaro Dias na sede do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). O programa de Bonavides apontou que a atual administração tentou forçar o início da obra de engorda de maneira precipitada e sem a devida responsabilidade, alegando que a gestão municipal não respeitou os processos necessários.

    Durante o programa, Natália Bonavides garantiu que, se eleita, realizará a engorda da praia “do jeito certo”, com a realização dos estudos necessários para garantir a viabilidade e sustentabilidade do projeto. A candidata destacou um parecer da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), que recomendou a paralisação das obras após encontrar cascalho na jazida que seria utilizada. Segundo Bonavides, as gestões anteriores, incluindo a do atual prefeito e a do ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD), deixaram a obra para a última hora, coincidentemente durante o período eleitoral.

    “Vamos ganhar a eleição e tratar a praia com respeito. A obra da engorda precisa ser feita com os estudos necessários e respeitando o povo que trabalha há gerações”, afirmou Natália em seu discurso.

    Além de suas críticas às obras, Natália Bonavides também apresentou propostas para o desenvolvimento do turismo em Ponta Negra. Ela prometeu ouvir os comerciantes locais, apoiar os ambulantes, investir na capacitação dos trabalhadores do setor e integrar as linhas de ônibus para melhorar o acesso à praia.

    A propaganda eleitoral também foi marcada por um episódio judicial envolvendo um pedido de direito de resposta feito por Carlos Eduardo, que buscava uma retratação pelo uso de um vídeo de 2018 onde ele aparece pedindo votos para Jair Bolsonaro. O ex-prefeito alegou que o material divulgado por Natália Bonavides era “inverídico e difamatório”, e que sua imagem estava sendo maculada para limitar seu crescimento na corrida eleitoral.

    O juiz Cleofas Coelho de Araújo Júnior, da 2ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Norte, negou o pedido de direito de resposta. Na decisão, o juiz argumentou que, embora o conteúdo da propaganda pudesse ser controverso, não havia uma demonstração clara de perigo de dano iminente. Além disso, a decisão destacou que a divulgação de fatos verídicos, mesmo fora de contexto, faz parte do debate político e não pode ser reprimida liminarmente pela Justiça Eleitoral.

  • Montagem da tubulação para Engorda da Praia de Ponta Negra avança, com expectativa de início das obras no final de Agosto

    Montagem da tubulação para Engorda da Praia de Ponta Negra avança, com expectativa de início das obras no final de Agosto

    A DTA Engenharia iniciou a montagem da tubulação necessária para a obra de engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, na terça-feira, 20 de agosto de 2024. A montagem dos tubos deve durar de quatro a cinco dias. O início do aterro dependerá do retorno da draga, atualmente no Porto de Luís Correia, no Piauí, para manutenção preventiva. A previsão é que a draga esteja em Natal até 28 de agosto, mas ainda não há uma data específica para o início do aterro.

    A instalação dos tubos está ocorrendo na área próxima ao hotel Sehrs, na Via Costeira, e é essencial para que a draga possa alcançar a areia da praia e realizar a deposição dos sedimentos. Serão instalados entre três e quatro canais de tubulação tanto na água quanto na areia. A área também será sinalizada para garantir a segurança durante os trabalhos.

    A previsão é que a obra de engorda, que visa alargar a faixa de areia da Praia de Ponta Negra em até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca, comece até 7 de setembro, podendo iniciar já no final de agosto, dependendo da chegada da draga. A liberação da Licença de Instalação e Operação (LIO) pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema/RN) foi finalizada apenas em 13 de agosto, após um atraso inicial.

    O consórcio DTA/AJM venceu a licitação para a obra com uma proposta de R$ 73,7 milhões. A engorda será realizada ao longo de 4 quilômetros da praia e utilizará aproximadamente 1,1 milhão de metros cúbicos de areia. A DTA tem experiência em projetos similares em Balneário Camboriú (SC) e Matinhos (PR), e a AJM é especializada em dragagem.

  • IDEMA autoriza início das obras de engorda na praia de Ponta Negra

    IDEMA autoriza início das obras de engorda na praia de Ponta Negra

    Nesta terça-feira (13), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) expediu a Licença Nº 2024-213610/TEC/LIO-0033, autorizando oficialmente o início das obras de engorda da praia de Ponta Negra, um dos principais cartões-postais de Natal. A licença, válida até 2034, abrange a readequação e melhoria do sistema de drenagem pluvial, além da extração e uso de sedimentos marinhos para a ampliação da faixa de areia da praia.

    O documento estabelece um prazo de 30 dias para que as Secretarias de Meio Ambiente e Urbanismo e de Infraestrutura apresentem relatórios detalhados sobre a coleta de informações no local da obra. Essas medidas visam garantir que a intervenção na praia ocorra de forma segura e sustentável.

    Um dos pontos mais críticos mencionados na licença é a restrição para a realização de obras durante o período noturno, especificamente das 18:00h às 06:00h, no período de novembro a junho. Essa proibição é uma medida de proteção ao ciclo reprodutivo das tartarugas marinhas, que desovam na região durante esses meses.

    A obra de engorda da praia é vista como essencial para combater a erosão costeira que tem afetado a Ponta Negra, preservando a faixa de areia e garantindo a segurança de moradores, turistas e comerciantes. No entanto, a intervenção também levanta preocupações sobre o impacto ambiental, o que torna fundamental o cumprimento rigoroso das condições impostas pela licença.

  • Procuradoria-Geral do Município contesta pedido do MPF para suspender obra na praia de Ponta Negra

    Procuradoria-Geral do Município contesta pedido do MPF para suspender obra na praia de Ponta Negra

    A situação descrita envolve a Procuradoria-Geral do Município de Natal, representada pelo procurador-geral Thiago Tavares de Queiroz, que entrou com um pedido na 5ª Vara da Justiça Federal. Esse pedido solicita uma manifestação prévia em resposta ao requerimento do Ministério Público Federal (MPF), que busca a suspensão da licença para a obra de engorda na praia de Ponta Negra. O MPF argumenta que não há fundamentos legais para a obra e que sua suspensão poderia causar danos significativos à cidade, tanto financeiros quanto ambientais.

    No documento apresentado à Justiça, o procurador-geral destaca várias questões:

    1. Estranheza quanto à rapidez do MPF: Thiago Tavares de Queiroz questiona o fato de que o Procurador da República, supostamente apenas 13 minutos após receber a documentação do IDEMA, solicitou uma medida liminar considerada devastadora para a população de Natal. Ele sugere a necessidade de investigar possíveis influências externas em órgãos ambientais.
    2. Comparação com o Ceará: O procurador-geral menciona que, no Ceará, terra natal do Procurador da República, o MPF não teria tomado medidas semelhantes, apenas acompanhando e monitorando possíveis danos e propondo medidas mitigadoras necessárias.
    3. Licença concedida por determinação judicial: A licença para a obra foi concedida pela 3ª Vara da Fazenda Pública, segundo Queiroz, reforçando a legalidade do processo.
    4. Alegação de incompetência e ilegitimidade: Ele argumenta que a Justiça Federal não seria competente para julgar o caso e que o MPF não teria legitimidade para solicitar a suspensão da licença.
    5. Convenção 169 da OIT: O procurador-geral questiona a aplicabilidade dessa convenção, que trata de povos indígenas e tribais, ao caso específico da comunidade pesqueira local, alegando que eles não se enquadram nessa definição.
    6. Consultas e audiências públicas: O município afirma ter realizado consultas e audiências públicas com as comunidades locais, incluindo pescadores e rendeiras, indicando um processo participativo.
    7. Riscos financeiros: Ele alerta para os riscos de prejuízos financeiros significativos caso a obra seja suspensa, incluindo a possível perda de recursos federais já alocados para o projeto.

    A obra de engorda na praia de Ponta Negra é um projeto que visa combater a erosão costeira e proteger a infraestrutura local, mas enfrenta resistência devido às preocupações ambientais e legais levantadas pelo MPF.

  • Prefeitura do Natal responde ao Idema sobre a obra de engorda da praia de Ponta Negra

    Prefeitura do Natal responde ao Idema sobre a obra de engorda da praia de Ponta Negra

    A Prefeitura do Natal encaminhou as informações solicitadas pelo Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) sobre a obra de engorda da Praia de Ponta Negra. O documento foi protocolado às 14h30, após uma força-tarefa envolvendo a Prefeitura, a Funpec e a DTA Engenharia. Segundo o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, não há impedimentos técnicos para a liberação da Licença de Instalação e Operação (LIO), e ele conta com a sensibilidade técnica do Idema para a liberação.

    A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) respondeu aos oito itens questionados pelo Idema. A Prefeitura de Natal teme que, sem a emissão da LIO em breve, a obra seja adiada para 2025, o que poderia causar impactos econômicos e ambientais negativos. O período ideal para a realização da obra é entre julho e o final de outubro, devido a questões ambientais.

    A engorda da Praia de Ponta Negra é essencial devido à erosão costeira que tem afetado a área, incluindo o Morro do Careca, um dos principais cartões postais de Natal. O projeto, em discussão há vários anos, visa alargar a faixa de areia da praia em até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca.

    Atualmente, durante a maré cheia, bares, barracas e banhistas são praticamente impedidos de acessar a areia e o mar. A empresa paulista Tetratech, responsável pelos estudos, propôs a engorda utilizando areia submersa de uma jazida em Areia Preta para Ponta Negra. A engorda consiste em um aterro ao longo de 4 quilômetros na enseada de Ponta Negra, com o objetivo de alargar a faixa de areia nas praias de Ponta Negra e parte da Via Costeira.

    Além disso, um artigo científico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apontou que o Morro do Careca diminuiu 2,37 metros em altura nos últimos 17 anos, passando de 66 metros em 2006 para 63,63 metros atualmente. Esta redução é atribuída ao avanço do mar e à diminuição da faixa de areia em Ponta Negra, que faz com que a energia das ondas alcance a base do morro.

  • Idema volta a negar licença para engorda de Ponta Negra

    Idema volta a negar licença para engorda de Ponta Negra

    O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) anunciou na tarde desta terça-feira (16) que ainda não liberará a Licença de Instalação e Operação (LIO) para a obra de engorda da praia de Ponta Negra. Em nota, o órgão ambiental destacou que ainda há questionamentos que impedem a emissão da licença.

    A obra de engorda, conhecida por alavancar a economia e o turismo em praias do Ceará e de Santa Catarina, está envolta em incertezas em Natal. A Prefeitura, através da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), enviou respostas ao Idema, mas o Instituto identificou fragilidades em oito das 17 respostas apresentadas.

    Segundo o Idema, entre os pontos ainda pendentes estão dúvidas sobre a drenagem da obra, impactos na fauna — especificamente aves migratórias — e a necessidade de um diagnóstico socioeconômico dos trabalhadores da região.

    “O impasse sobre a obra da engorda de Ponta Negra se intensificou nas últimas semanas. O Idema tem até outubro para analisar o pedido, que foi solicitado em junho pelo Município, e conceder a autorização,” afirmou Farkatt.

    A Prefeitura de Natal informou, na sexta-feira (12), que havia entregado as respostas solicitadas pelo Idema. Contudo, a análise do Instituto revelou que dos 17 questionamentos feitos: Nove foram completamente atendidos; Cinco foram parcialmente atendidos e três não foram atendidos.

    Farkatt ressaltou que esses pontos já estavam presentes desde o pedido da licença prévia, feito um ano atrás. “Não estamos pedindo elementos novos. Pedimos respostas que, muitas vezes, não vieram completas ou apresentaram discordâncias,” explicou.

    Consequências e expectativas

    A nota técnica enviada pelo Idema destacou que, para aprovação dos requisitos associados ao sistema de drenagem pluvial, engorda da faixa de praia de Ponta Negra e mineração da área de jazida de sedimentos marinhos, é necessário que o interessado forneça informações essenciais para análise do processo.

    O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, avaliou que a obra corre o risco de não ser realizada este ano, ficando para 2025. “A chance da obra sair ainda este ano é zero,” enfatizou Mesquita. Mesmo com uma resposta rápida da Prefeitura aos oito questionamentos restantes, a janela de execução da obra está comprometida. O aterro deveria ser feito entre julho e o final de outubro, e a draga utilizada na obra deve retornar para Niterói.

    A engorda


    A engorda de Ponta Negra é considerada primordial para a praia, que há anos sofre com a erosão costeira provocada pelo avanço do mar e que tem modificado a estrutura do Morro do Careca, um dos principais cartões postais da capital potiguar, descaracterizando sua paisagem.

    O projeto está em discussão há vários anos em Natal e será um alargamento na faixa de areia da praia, com até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca.

    Atualmente, em situações de maré cheia, bares, barracas e banhistas ficam praticamente impedidos de frequentar a areia e o mar. Segundo os estudos feitos pela empresa paulista Tetratech, a engorda será feita a partir de um “empréstimo” de areia submersa trazida de uma jazida em Areia Preta para Ponta Negra.

    A engorda é, na prática, um aterro que será colocado ao longo de 4 quilômetros na enseada de Ponta Negra. O objetivo final é de que a faixa de areia nas praias de Ponta Negra e parte da Via Costeira seja alargada para até 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré alta. É a última etapa do projeto maior que contou com o enrocamento da praia, pelo qual foram implantados centenas de blocos de concreto que darão sustentação à engorda.

    Um artigo científico produzido por professores e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), apontou que o morro diminuiu 2,37 metros na altura em 17 anos. No levantamento ficou constatado que a altura do Morro do Careca atualmente é de 63,63 metros. Esse número, em 2006, era de 66 metros. Conforme o levantamento, a redução se deve a uma convergência de fatores, entre eles o avanço do mar e a redução da faixa de areia em Ponta Negra, o que faz com que a energia das ondas alcance a base do Morro.