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Categoria: Saúde

  • Ministério da Saúde cria comitês para monitorar uso da terapia gênica Zolgensma em crianças com AME

    Ministério da Saúde cria comitês para monitorar uso da terapia gênica Zolgensma em crianças com AME

    O Ministério da Saúde instituiu, por meio da Portaria GM/MS nº 8.092, o Comitê Gestor e o Comitê Técnico Independente para acompanhar a implementação da terapia gênica com o medicamento Zolgensma no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa tem como objetivo garantir uma gestão ética, segura e sustentável da incorporação da tecnologia, que já beneficiou as primeiras crianças com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, uma doença rara e grave sem cura.

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    O Brasil passa a integrar o seleto grupo de seis países que oferecem o tratamento no sistema público. A estratégia de compartilhamento de risco firmada com a farmacêutica Novartis Biociências estabelece que o SUS só paga pela terapia caso haja eficácia comprovada, reforçando a responsabilidade no uso dos recursos públicos.

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    Segundo o coordenador-geral de Doenças Raras, Natan Monsores, a medida representa um marco na inovação da gestão de tecnologias de saúde. “Com essa Portaria instituímos um modelo pioneiro de gerenciamento do acordo de compartilhamento de risco para fornecer uma terapia gênica de alto custo, o Zolgensma, para crianças com Atrofia Muscular Espinhal”, afirmou.

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    Antes da incorporação de terapias para AME tipo 1, crianças com a doença apresentavam alta probabilidade de morte antes dos dois anos de idade. Com o Zolgensma, é possível estabilizar a progressão da doença e ampliar a qualidade e expectativa de vida dos pacientes.

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    O Comitê Gestor terá a responsabilidade de monitorar e avaliar a execução do acordo, autorizar centros de infusão e analisar os resultados clínicos. Já o Comitê Técnico Independente, formado por profissionais de saúde especializados, irá validar a elegibilidade dos pacientes, avaliar desfechos clínicos e emitir pareceres sobre segurança e eficácia.

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    Para pacientes fora da faixa etária aprovada para o Zolgensma, o SUS garante acesso gratuito a dois medicamentos contínuos para AME tipos 1 e 2: nusinersena e risdiplam. Somente em 2024, foram dispensadas mais de 800 prescrições desses tratamentos. A chegada do Zolgensma, administrado em dose única, representa um avanço significativo no tratamento de doenças raras no sistema público.

  • Pacientes com diabetes relatam falta de insulina na Unicat desde maio em Natal

    Pacientes com diabetes relatam falta de insulina na Unicat desde maio em Natal

    Pacientes com diabetes tipo 1 tem enfrentado dificuldades para manter o tratamento devido à falta de insulina de longa duração na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) em Natal. O medicamento está em falta desde maio.

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    Segundo a Unicat, atualmente 65 medicamentos estão em falta, incluindo as canetas de insulina de longa duração.

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    O eletricista Márcio Humberto de Medeiros, que convive com a doença há 37 anos, depende de dois tipos de insulina: uma de ação rápida e outra de longa duração. Sem acesso à insulina basal, ele tem recorrido a empréstimos de outros pacientes e troca de mensagens em grupos de diabéticos.

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    Cada caneta de insulina de longa duração custa, em média, R$ 200 e só é vendida em caixas com cinco unidades, o que representaria um gasto de R$ 1 mil a cada cinco semanas para manter o tratamento em casa.

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    A falta do medicamento tem levado a complicações graves de saúde. Com a diabetes descontrolada e o pâncreas paralisado, Márcio começou recentemente sessões de hemodiálise e precisará continuar o tratamento renal três vezes por semana.

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    A gastróloga Mônica Ciríaco, que também faz tratamento para diabetes tipo 1, mantém um “kit-sobrevivência” com glicosímetro, agulhas e as duas canetas de insulina — a de ação rápida e a de longa duração — e destaca que os medicamentos não podem ser substituídos um pelo outro.

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    Ela ressalta que a falta da insulina na rede pública é um problema recorrente, que faz com que muitos pacientes dependam de demandas judiciais para conseguir o medicamento.

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    “A diabetes tipo 1 não é uma questão de saúde, é uma questão de vida ou morte. Se a gente não tomar, a gente pode morrer, porque o pâncreas não funciona mais, então nós somos dependentes dessa medicação e a falta dela faz com que a gente possa perder a vida”, relatou Mônica.

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    A diabetes tipo 1 é uma doença crônica e autoimune, na qual o corpo destrói as células do pâncreas responsáveis pela produção natural de insulina.

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    A responsabilidade desse insumo é do Ministério da Saúde, cabendo ao Estado a organização da distribuição. De acordo com a Sesap, os mais recentes carregamentos recebidos do Ministério foram insuficientes. O órgão federal sinalizou que um novo carregamento será entregue no próximo dia 25.

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    Fonte: g1RN

  • Fiocruz alerta para aumento de casos de síndromes respiratórias; RN está em nível de alerta

    Fiocruz alerta para aumento de casos de síndromes respiratórias; RN está em nível de alerta

    Um novo boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (11), chamou atenção para o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em dez estados brasileiros, sobretudo nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O levantamento aponta que o rinovírus e o Sars-CoV-2 (Covid-19) estão entre os principais responsáveis pela alta, afetando principalmente crianças e adolescentes. No Rio Grande do Norte, o cenário é de alerta.

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    De janeiro a setembro de 2025, o Brasil já notificou mais de 172 mil casos de SRAG, sendo que 91 mil tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório.

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    O balanço mostra que o rinovírus esteve presente em 26,1% dos casos, seguido pelo Sars-CoV-2, com 7,3%. Outros vírus seguem em circulação: a influenza A aparece em 24% dos registros e o vírus sincicial respiratório (VSR) em 44,2%, embora este último apresente queda em boa parte do país.

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    O aumento de casos graves associados ao rinovírus chama a atenção das autoridades. Normalmente ligado a resfriados leves, o vírus tem provocado complicações mais sérias em jovens, sobretudo em crianças e adolescentes, exigindo maior vigilância.

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    Situação no Rio Grande do Norte

    No RN, a Fiocruz classificou o estado em nível de alerta. Embora não haja tendência de crescimento sustentado a longo prazo, o número de internações por síndromes respiratórias permanece elevado.

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    Isso significa que, mesmo sem explosão recente de casos, a incidência segue em patamar preocupante, demandando monitoramento constante por parte do sistema de saúde. A vigilância epidemiológica contínua é vista como essencial para identificar rapidamente mudanças no padrão de circulação dos vírus e garantir resposta ágil na proteção da população.

  • Mutirão nacional “Dia E” leva 1.500 atendimentos a hospitais universitários do RN

    Mutirão nacional “Dia E” leva 1.500 atendimentos a hospitais universitários do RN

    O Rio Grande do Norte será um dos estados a participar, no próximo dia 13 de setembro, do “Dia E” da Rede Ebserh, mutirão nacional que mobiliza simultaneamente 45 hospitais universitários federais em todo o país. A iniciativa, realizada em parceria com os ministérios da Educação e da Saúde, prevê a realização de cirurgias eletivas, consultas, exames diagnósticos e procedimentos terapêuticos, beneficiando pacientes que aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS).

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    No estado, três unidades estão envolvidas: o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL-UFRN), a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN) e o Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB-UFRN), oferecendo cerca de 1.500 atendimentos. No HUOL, serão realizadas cirurgias de otorrinolaringologia, colecistectomias, procedimentos de catarata e tratamentos com Avastin para doenças da retina. Também estão previstos exames como ecocardiogramas, ultrassonografias, densitometrias ósseas, testes ergométricos e angiografias cerebrais.

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    Na MEJC, os serviços incluirão consultas em ginecologia cirúrgica e mastologia, além de ultrassonografias e mamografias com apoio da equipe de enfermagem. Já no HUAB, em Santa Cruz, serão oferecidas cirurgias ginecológicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, consultas em endocrinologia e exames laboratoriais. Para Flávia Andreia Pereira, gerente de Atenção à Saúde, “O esforço concentrado – Dia E – proporciona a ampliação do acesso aos serviços e oferece uma resposta rápida, resolutiva e satisfatória às necessidades de saúde do usuário”.

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    O Dia E faz parte do projeto Ebserh em Ação 2025, vinculado ao programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo presidente Lula em parceria com o Ministério da Saúde, com o objetivo de reduzir filas e o tempo de espera no SUS. Desde o seu lançamento, a iniciativa mobiliza os 45 hospitais universitários federais da Rede Ebserh, promovendo mutirões, turnos extras e envolvendo residentes e graduandos na ampliação do atendimento. Criada em 2011, a Ebserh administra atualmente todas as unidades, que atendem pacientes do SUS, apoiam a formação de profissionais de saúde e desenvolvem pesquisas e inovação.

  • Campanha de vacinação contra o HPV é prorrogada até dezembro

    Campanha de vacinação contra o HPV é prorrogada até dezembro

    O Ministério da Saúde anunciou a prorrogação, até dezembro, da mobilização para vacinar adolescentes de 15 a 19 anos contra o papilomavírus humano (HPV). A meta é resgatar cerca de 7 milhões de jovens que perderam a imunização no período recomendado, entre 9 e 14 anos.

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    A estratégia, desenvolvida em parceria com estados e municípios, inclui a oferta da vacina em unidades básicas de saúde (UBS) e também em locais de grande circulação, como escolas, universidades, ginásios esportivos e shoppings. Segundo a pasta, a medida busca ampliar o acesso e garantir que nenhum adolescente fique sem a proteção.

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    “A vacina contra o HPV é segura e fundamental na prevenção de cânceres de colo do útero, vulva, pênis, garganta e pescoço. As ações de resgate buscam assegurar que todos os adolescentes e jovens dessa faixa etária sejam imunizados, garantindo um futuro mais saudável para as próximas gerações”, informou o ministério em nota.

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    Até o início de setembro, mais de 115 mil adolescentes já haviam recebido a vacina nesta nova etapa. Os estados com maior número de imunizados são São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

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    Em 2024, a cobertura vacinal contra o HPV no Brasil alcançou 82% entre meninas de 9 a 14 anos, índice considerado acima da média global, de 37%. Entre os meninos, o percentual chegou a 67%.

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    Desde o ano passado, o Brasil adota o esquema de dose única contra o HPV para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, em alinhamento às recomendações internacionais. A expectativa é de que a medida contribua para o objetivo de eliminar o câncer de colo do útero até 2030.

    Para pessoas imunocomprometidas, como pacientes com HIV/aids, transplantados e oncológicos, o esquema segue sendo de três doses. A mesma regra se aplica a usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP) entre 15 e 45 anos e a vítimas de violência sexual a partir dos 15 anos.

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    O que é o HPV?

    O papilomavírus humano (HPV) é atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, com mais de 200 tipos conhecidos. Alguns provocam verrugas genitais, enquanto outros estão diretamente relacionados a tumores malignos, como os de colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta.

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    Na maioria dos casos, a infecção não apresenta sintomas e pode permanecer latente por meses ou até anos. As primeiras manifestações costumam surgir entre dois e oito meses após a contaminação, mas podem demorar até 20 anos, sendo mais frequentes em pessoas com baixa imunidade e em gestantes.

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    O diagnóstico é feito por exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão. No Brasil, a vacina é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerada a forma mais eficaz de prevenção, junto ao uso do preservativo.

  • Governo convoca primeira turma de aprovados em concurso para atuar no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel

    Governo convoca primeira turma de aprovados em concurso para atuar no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel

    O Governo do Estado do Rio Grande do Norte convocou nesta quarta-feira (10) a primeira turma de novos servidores concursados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). A convocação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) e contempla profissionais aprovados no concurso realizado este ano.

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    O grupo é formado por 50 profissionais, destinados a atuar no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, principal unidade de referência em urgência e emergência do estado. A lista divulgada inclui 25 técnicos de enfermagem e 25 assistentes técnico-administrativos em saúde.

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    A governadora Fátima Bezerra destacou que em breve haverá uma nova convocação, desta vez para o Hospital da Mulher, em Mossoró, e anunciou a elaboração de um plano amplo para convocação de novos servidores efetivos na saúde. “Determinei à Sesap a elaboração de um grande plano para convocação de novos servidores efetivos”, afirmou a governadora.

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    O concurso já teve a homologação dos aprovados de nível médio e técnico e atualmente se encontra na fase de análise de títulos dos aprovados de nível superior.

  • Liga Contra o Câncer normaliza procedimentos cirúrgicos em Natal após acordo com a Prefeitura

    Liga Contra o Câncer normaliza procedimentos cirúrgicos em Natal após acordo com a Prefeitura

    A Liga Contra o Câncer anunciou na tarde desta segunda-feira (8) que as cirurgias eletivas de alta complexidade serão retomadas normalmente a partir desta terça-feira (9) em Natal. A decisão ocorre após um acordo firmado entre a instituição, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal e os hospitais que integram a rede de alta complexidade da cidade.

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    Segundo a Liga, a retomada dos procedimentos foi possível após a definição de um formato emergencial de pagamento pelos serviços médicos diretamente às unidades hospitalares. O acordo terá validade inicial de 90 dias, período que servirá de transição até a formalização de um novo modelo contratual.

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    Durante a reunião, também ficou estabelecido que a Secretaria Municipal de Saúde se comprometeu a convocar os hospitais para participar da construção do novo arranjo jurídico e operacional, com a participação do Ministério Público Estadual como parte integrante do processo.

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    O presidente da Liga Contra o Câncer destacou que a medida permitirá a normalização imediata das agendas cirúrgicas, garantindo o retorno dos procedimentos que haviam sido suspensos devido a entraves administrativos e financeiros.

  • Liga Contra o Câncer suspende cirurgias eletivas

    Liga Contra o Câncer suspende cirurgias eletivas

    A Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer anunciou, neste domingo (7), a suspensão das cirurgias oncológicas eletivas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir desta segunda-feira (8). A medida atinge pacientes de alta complexidade e foi motivada pela falta de adesão dos médicos cirurgiões ao contrato oferecido pela Justiz, nova empresa contratada pela Prefeitura de Natal para gerir os serviços.

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    De acordo com a instituição, na semana passada houve uma reunião entre os cirurgiões e representantes da Justiz para apresentação dos termos contratuais, mas não houve acordo. Sem a formalização do vínculo, os profissionais decidiram suspender os procedimentos.

    Segundo o coordenador médico da Liga, Arthur Villarim, a situação já afeta dezenas de pacientes.

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    “Hoje estão suspensas 25 cirurgias oncológicas de alta complexidade que já estavam agendadas. Se essa paralisação se prolongar, novas 25 cirurgias deixarão de ser realizadas todos os dias”, alertou.

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    A Liga informou que apenas cirurgias de urgência continuarão sendo realizadas, para garantir atendimento a pacientes em estado crítico. A instituição reforçou que os serviços médicos são prestados por profissionais liberais, pagos pela Prefeitura de Natal, e não possuem vínculo empregatício direto com a entidade.

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    Villarim destacou que a paralisação não está ligada ao trabalho da Liga, mas ao impasse contratual com a Secretaria Municipal de Saúde.

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    “A Liga fornece toda a estrutura hospitalar, a equipe multidisciplinar e as linhas de cuidado, mas os cirurgiões têm vínculo contratual com a Prefeitura. Por falta desse contrato, eles tiveram que suspender as cirurgias”, explicou.

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    O médico também revelou que a análise técnica do edital mostrou defasagem nos valores repassados:

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    “O orçamento previsto cobriria apenas metade das cirurgias realizadas pela Liga em 2024, gerando um déficit de aproximadamente R$ 25 milhões”, disse. A instituição afirmou que já havia comunicado à Secretaria de Saúde sobre o risco de desassistência, mesmo que um acordo fosse firmado.

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    Com cerca de 60 cirurgiões especializados, a Liga é responsável por aproximadamente 550 cirurgias oncológicas de alta complexidade por mês, sendo uma das maiores produtoras do país nesse segmento.

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    Uma reunião entre a Prefeitura de Natal, representantes da Liga e outros hospitais credenciados para serviços de alta complexidade está prevista para esta segunda-feira (8). O objetivo é buscar uma solução que permita a retomada imediata dos atendimentos.

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    “Estamos de coração aberto para resolver isso de forma técnica e definitiva. O que interessa é que os pacientes oncológicos sejam atendidos com dignidade, como sempre fizemos”, concluiu Villarim.

  • Após extubação, Rafael Motta compartilha primeira foto e agradece orações

    Após extubação, Rafael Motta compartilha primeira foto e agradece orações

    O ex-deputado federal Rafael Motta (PSB-RN) compartilhou nesta quinta-feira (4) a primeira imagem após ser extubado, em recuperação do grave acidente de kitesurfe sofrido em Natal, no último dia 22 de agosto. Internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o ex-parlamentar segue em processo de reabilitação.

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    Na publicação feita em suas redes sociais, Motta aparece sentado e segurando um livro.

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    “Sentar e ler pareciam coisas tão distantes há poucos dias… Mas hoje, graças a Deus e às orações de vocês, isso já é possível. Essa imagem carrega muita gratidão”, escreveu.

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    O político foi extubado na última terça-feira (2), após 12 dias em coma induzido e múltiplas cirurgias, na coluna, esterno, face e antebraço esquerdo.

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    O acidente ocorreu no dia 22 de agosto, nas proximidades do Forte dos Reis Magos, em Natal. Motta sofreu lesão brônquica e precisou ser submetido a uma cirurgia torácica de urgência no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.

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    Três dias depois, em 25 de agosto, foi transferido em UTI aérea para São Paulo, onde passou por novos procedimentos cirúrgicos. No Vila Nova Star, equipes médicas realizaram a correção de fraturas na coluna e no esterno.

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    Trajetória política

    Rafael Motta iniciou sua carreira política como vereador em Natal, entre 2013 e 2014, e foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Norte, exercendo mandato entre 2015 e 2022. Em 2022, disputou uma vaga no Senado, e em 2024, concorreu à Prefeitura de Natal.

    Atualmente, sua família e aliados políticos têm acompanhado de perto o processo de recuperação, marcado por mensagens de apoio e corrente de orações nas redes sociais.

  • Decisão judicial mantém novos contratos da Prefeitura de Natal com Justiz e Proseg

    Decisão judicial mantém novos contratos da Prefeitura de Natal com Justiz e Proseg

    Uma decisão liminar do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) determinou que os contratos de serviços médicos firmados pelo Município de Natal com empresas terceirizadas devem ser mantidos, mesmo diante das contestações apresentadas pela Cooperativa Médica do RN (Coopmed) e pela Cooperativa de Trabalho e de Serviços de Saúde (Coopsaúde). A decisão, provisória, vale até o julgamento definitivo do caso pela Primeira Câmara Cível.

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    As cooperativas questionaram que o edital da Dispensa de Licitação Eletrônica nº 003/2025 não teria sido republicado após mudanças determinadas pela Justiça, o que, segundo elas, restringiu a competitividade do processo. O Município, por sua vez, defendeu que a contratação foi regular e que os novos contratos são necessários para substituir a Coopmed, que prestava serviços desde 2023 sem contrato formal, recebendo pagamentos indenizatórios.

    Na decisão, o relator Luiz Alberto Dantas Filho reconheceu a necessidade de esclarecimento sobre a republicação do edital, mas manteve a validade dos contratos celebrados até o julgamento final. Segundo ele, a medida visa garantir a continuidade dos serviços de saúde, considerados essenciais, e evitar prejuízos à população.

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    As empresas vencedoras da licitação emergencial, Justiz e Proseg, seguem responsáveis pela execução dos serviços médicos na rede municipal de saúde.

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    Greve

    A decisão judicial ocorre em meio à greve dos médicos iniciada em 1º de setembro, aprovada em assembleia pelo Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed‑RN). O movimento foi deflagrado em protesto contra a substituição da Coopmed pelas empresas terceirizadas, em um contrato estimado em R$ 208 milhões para um ano de serviços.

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    O Sinmed-RN alega que os contratos com a Justiz e a Proseg são ilegais, e tem orientado médicos a não prestarem serviços às novas empresas, que tentam absorver os profissionais da Coopmed nos novos contratos.

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    A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, condena a paralisação e acusa o sindicato de promover um “movimento irresponsável”, que exerce coação sobre médicos dispostos a migrar para os novos contratos, prejudicando o atendimento à população. Segundo o secretário Geraldo Pinho, alguns médicos estariam sendo ameaçados com eventuais retaliações junto ao Conselho Regional de Medicina (Cremern) caso interrompam a greve.

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    Além disso, a Prefeitura reforça que a formalização dos novos contratos corrige a precariedade jurídica da Coopmed, que atuava sem contrato formal desde junho de 2023, garantindo segurança tanto para os profissionais quanto para a administração pública.

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    O processo será julgado em conjunto com outros recursos relacionados ao caso, mas até lá, os serviços médicos na capital seguem sendo executados pelas empresas Justiz e Proseg, conforme determinado pelo TJRN.