O Flag Football é uma modalidade esportiva derivada do Futebol Americano e que apesar do pouco apoio vem sendo muito bem difundido no RN, onde apesar de todos os problemas encontrados pelos seus praticantes, os clubes locais conseguiram emplacar três atletas na seleção brasileira. Sendo dois na categoria masculina, e uma na seleção feminina que irá disputar o Mundial na Finlândia.
Com o posto de única nordestina a integrar o selecionado nacional, Fernanda Justino de Souza, 26 anos, vem se virando como pode para levantar recursos e treinar junto com a equipe brasileira, que se reúne mensalmente visando a preparação para o grande desafio que terá pela frente.
A competição mundial está marcada para acontecer entre os dias 25 e 30 de agosto e desde o ano passado, quando começou a ser convocada, Fernanda Souza luta contra a falta de apoio para não perder a oportunidade de se projetar dentro do esporte. Para conseguir levantar os recursos para viagens constantes, geralmente a atleta apela para realizar rifas.
“Venho tentando me integrar com a seleção desde o ano passado, foram vários treinos para poder chegar a convocação. Além disso, sou a única nordestina na seleção esse ano, a primeira convocada de um time do nordeste e a segunda nordestina na história a integrar uma seleção brasileira.”
A oportunidade, por abrir uma série de alternativas em termos de futuro dentro do Flag Football, vem mexendo com a cabeça da jovem potiguar, que sonha em fazer carreira dentro do esporte que escolheu praticar.
“As expectativas são altíssimas e estou muito ansiosa em jogar internacionalmente, foram anos de luta e finalmente ter conseguido foi uma sensação única. Já venho me preparando há anos, 2021 foi o ano em que virei a chavinha e comecei a treinar pesado, focar na minha preparação física para o esporte mesmo, mas sempre busquei a seleção”, salientou a atleta que hoje está realizando um grande sonho.
Atualmente treinando no Parnamirim Scorpions, ela não esconde que a meta é poder atuar e desenvolver ainda mais o nível técnico, em um centro onde o flag se encontre num estágio maior de desenvolvimento. Por isso crava que se aparecesse uma oportunidade de receber dinheiro jogando, aceitaria o convite facilmente.
O primeiro contato com o esporte foi um tanto casual, recorda a atleta, que no primeiro contato jamais poderia imaginar que poderia realizar uma carreira dentro da modalidade que é uma derivação do futebol americano.
‘“Comecei no esporte em 2017. Passando por acaso na UFRN vi as meninas treinando e achei interessante, desde aquele dia nunca mais parei de jogar. Foram muitos altos e baixos, em 2019 tive a minha primeira convocação, mas não era meu momento, muito imatura e não tinha consciência sobre a preparação naquele momento, então não tive tanto êxito. Ao passar a pandemia, em 2021 comecei a focar de fato e agora em 2024 consegui uma nova convocação.”
“Foi uma batalha chegar onde cheguei e uma das minhas metas é me manter na seleção, pelo menos, até as olimpíadas de 2028. Mais difícil que a convocação é só a gente se manter lá no topo.”
Com relação a disputa do Mundial na Finlândia, as expectativas são enormes, até porque elas terão a oportunidade de testar o real poder da equipe brasileira diante de adversários que são muito fortes no Flag Football. A meta é acabar a disputa no pódio.
“O Brasil vem evoluindo bastante, houve algumas mudanças e acredito que as apostas das treinadoras estão corretas. Já fomos quarto lugar no Mundial de Israel e a meta é sempre ir além. Então vamos estudar e treinar muito para enfrentar potências no esporte como Estados Unidos e México, apontados como favoritos ao título.”
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