O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (25) que os dois pacientes envolvidos no erro de transplante de rim ocorrido no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL-UFRN/Ebserh), em Natal, terão prioridade imediata na fila nacional de transplantes. A decisão inclui também a garantia de assistência integral, com acompanhamento clínico, psicológico e fornecimento de medicamentos.
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De acordo com a pasta, tanto o paciente que recebeu o rim errado quanto aquele que deveria ter sido contemplado serão reinseridos na lista como prioridade. “Caso surja algum órgão compatível, eles serão os primeiros a receber. Essa medida foi tomada visando reduzir o prejuízo físico e emocional aos dois pacientes afetados”, informou o Ministério em nota oficial.
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O erro ocorreu durante a convocação para o procedimento, quando o hospital confundiu os nomes de dois pacientes que aguardavam o transplante. Após a cirurgia, o receptor do órgão apresentou rejeição imediata, já que o rim não era compatível com seu tipo sanguíneo, e precisou ser levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O rim foi retirado e, no último domingo (21), ele recebeu alta da UTI, permanecendo em observação na enfermaria.
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O HUOL divulgou comunicado afirmando estar apurando com rigor o ocorrido. Segundo a instituição, foram adotadas medidas emergenciais como a notificação aos órgãos competentes, o acompanhamento clínico integral do paciente, suporte psicológico à família e a abertura de um processo interno de investigação, com previsão de conclusão em 60 dias.
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A Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes segue monitorando o caso. O Ministério da Saúde reforçou que acompanha a evolução clínica dos dois pacientes e que trabalha para minimizar os danos causados pela falha, classificada como grave e inédita na rede federal de hospitais universitários.
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