O estado de saúde de uma mulher de 46 anos, internada há cinco dias na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança, na Zona Oeste de Natal, é considerado grave. A paciente precisa ser transferida para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas uma série de obstáculos estruturais e logísticos têm dificultado a transferência.
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De acordo com o marido da paciente, Joab Alves, a mulher está na sala vermelha da UPA, entubada e necessitando de hemodiálise. Ela chegou à unidade sentindo fortes dores na barriga e foi inicialmente diagnosticada com infecção urinária, que evoluiu para infecção generalizada.
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“Hoje ela tá entubada, precisando de hemodiálise”, relatou o marido.
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A família conseguiu uma decisão judicial determinando a transferência, mas o transporte não foi possível devido a problemas como a falta de uma maca adequada ao peso da paciente e um elevador quebrado no Hospital dos Pescadores, para onde surgiu uma vaga de UTI.
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Segundo Joab Alves, o Samu chegou à UPA, mas não havia maca capaz de atender pacientes acima de 130 quilos, que é a capacidade dos equipamentos de urgência da rede.
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“A gente tem tudo na mão e não consegue transportar uma paciente que nem é extremamente obesa. Ela é sobrepeso, não é uma pessoa de obesidade mórbida. E não ter uma forma de transportar porque simplesmente a maca da Samu não suporta o peso dela?”, criticou a amiga da paciente, Lilia Cristo.
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O elevador quebrado também impediu a transferência, deixando a família desesperada.
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“Você fica vendo sua esposa entubada nessa situação, correndo para todo lado, tentando achar um meio de ajudar, vendo ela lá deitada numa cama sem poder fazer nada”, desabafou Joab Alves, que pediu agilidade na solução do caso, lembrando que a paciente tem um filho de 15 anos que depende dela.
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Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal confirmou que a paciente havia sido direcionada para uma vaga de UTI na rede municipal, mas o elevador do Hospital dos Pescadores estava quebrado. A secretaria solicitou a substituição da vaga para uma unidade no térreo e informou que a paciente foi inserida como prioridade no sistema de regulação, aguardando abertura de nova vaga.
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Sobre a manutenção do elevador, a pasta explicou que a empresa responsável foi acionada, mas não respondeu adequadamente, e um novo processo licitatório já foi iniciado para contratar um novo prestador.
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Quanto ao transporte, a SMS Natal reforçou que as macas do Samu suportam até 130 quilos, mas o caso da paciente representa risco de acidente. Assim que uma nova vaga de UTI estiver disponível, a transferência será realizada pelo Samu com apoio do Corpo de Bombeiros.
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