Nesta quinta-feira (5), Rosicleide Andrade fez história ao garantir a primeira medalha brasileira no judô durante as Paralimpíadas de Paris 2024. A judoca potiguar conquistou o bronze na categoria até 48kg da classe J1, destinada a atletas com cegueira total ou percepção de luz, e deu início à campanha brasileira na Arena do Campo de Marte.
Estreante nos Jogos Paralímpicos, Rosicleide venceu a argentina Rocio Ledesma Dure na disputa pelo terceiro lugar. Ela abriu a luta com um waza-ari e, em seguida, selou sua vitória com um ippon, garantindo a medalha de bronze e a realização de um sonho. Esta é a primeira medalha paralímpica da carreira de Rosicleide, que já havia conquistado o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e a prata no Mundial de Baku em 2022.
Rosicleide, que nasceu prematuramente com apenas seis meses e pesando 900 gramas, possui retinopatia, uma condição que afeta sua visão. Ela descobriu o judô há dez anos e tem se destacado no esporte desde então. “Estou muito feliz, ao mesmo tempo sem acreditar ainda. Eu fiz um ciclo muito bom, meu primeiro ciclo, com alguns resultados muito importantes. E agora, sendo medalhista de bronze na Paralimpíada, na minha primeira Paralimpíada, eu tô muito feliz”, disse Rosi, emocionada. “Com o auxílio do meu técnico, eu consegui manter o controle durante toda a luta.”
O judô se consolidou como o terceiro esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil na história das Paralimpíadas, atrás apenas de atletismo e natação. Até agora, o Brasil acumulou 26 pódios, com cinco ouros, nove pratas e 12 bronzes. Nesta edição dos Jogos, o país levou sua maior delegação de judô para as Paralimpíadas, com 15 atletas competindo em 14 das 16 categorias disponíveis.
Rosicleide Andrade comemora bronze no judô das Paralimpíadas de Paris — Foto: Wander Roberto/CPB
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