A imprensa brasileira é um dos principais objetos de análise do jornalista Octavio Santiago no livro Só sei que foi assim — A trama do preconceito contra o povo do Nordeste (Editora Autêntica), que será lançado em maio. A obra examina como a imagem do nordestino foi historicamente retratada de forma pejorativa no jornalismo, nas redes sociais, no audiovisual e em campanhas políticas.

O autor mergulha em registros históricos para demonstrar como a percepção sobre os nordestinos foi moldada ao longo do tempo. O livro destaca a influência do escritor Euclides da Cunha, cuja obra Os Sertões ajudou a consolidar um imaginário sobre o sertanejo, reforçando conceitos como “indolência” e “miscigenação excessiva”. Segundo Santiago, essas ideias ganharam ainda mais força nos anos 1920, impulsionadas pela mídia, pela política e pelas artes.

Além da análise histórica, a pesquisa também discute reflexos desse preconceito em manchetes jornalísticas mais recentes, como a que cunhou a expressão “homem-gabiru”. O livro também revela a origem de termos depreciativos como “pau de arara” e “cabeça chata”, frequentemente usados para estigmatizar a população nordestina.

A obra propõe um debate essencial sobre os impactos dessa construção discursiva na sociedade contemporânea e sobre a necessidade de desconstruir estereótipos que ainda persistem no imaginário nacional. Com um olhar crítico e embasado, Octavio Santiago busca resgatar e recontextualizar essas narrativas, oferecendo uma visão mais justa e aprofundada sobre o Nordeste e seu povo.




Comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *





Livro destrincha preconceito contra nordestinos desde manchetes a Euclides da Cunha


A imprensa brasileira é um dos principais objetos de análise do jornalista Octavio Santiago no livro Só sei que foi assim — A trama do preconceito contra o povo do Nordeste (Editora Autêntica), que será lançado em maio. A obra examina como a imagem do nordestino foi historicamente retratada de forma pejorativa no jornalismo, nas redes sociais, no audiovisual e em campanhas políticas.

O autor mergulha em registros históricos para demonstrar como a percepção sobre os nordestinos foi moldada ao longo do tempo. O livro destaca a influência do escritor Euclides da Cunha, cuja obra Os Sertões ajudou a consolidar um imaginário sobre o sertanejo, reforçando conceitos como “indolência” e “miscigenação excessiva”. Segundo Santiago, essas ideias ganharam ainda mais força nos anos 1920, impulsionadas pela mídia, pela política e pelas artes.

Além da análise histórica, a pesquisa também discute reflexos desse preconceito em manchetes jornalísticas mais recentes, como a que cunhou a expressão “homem-gabiru”. O livro também revela a origem de termos depreciativos como “pau de arara” e “cabeça chata”, frequentemente usados para estigmatizar a população nordestina.

A obra propõe um debate essencial sobre os impactos dessa construção discursiva na sociedade contemporânea e sobre a necessidade de desconstruir estereótipos que ainda persistem no imaginário nacional. Com um olhar crítico e embasado, Octavio Santiago busca resgatar e recontextualizar essas narrativas, oferecendo uma visão mais justa e aprofundada sobre o Nordeste e seu povo.




Comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

© 2024. Portal ZN. Todos os direitos reservados.