Pelo menos 22 pessoas morreram e 81 foram presas nesta terça-feira (28) durante uma megaoperação conjunta das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, zonas norte da capital fluminense. A ação, que mobilizou 2,5 mil agentes, foi considerada pelo governador Cláudio Castro (PL) como “a maior operação das forças de segurança do Rio de Janeiro”.
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Entre os mortos estão dois policiais civis, além de outros agentes e moradores baleados durante os intensos confrontos que marcaram o dia. O objetivo da operação era cumprir 100 mandados de prisão e desarticular núcleos do Comando Vermelho, facção que domina o tráfico de drogas em parte da região.
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Segundo o governador, a ofensiva faz parte de uma iniciativa permanente de combate à expansão do Comando Vermelho e foi resultado de uma investigação de mais de um ano, com planejamento iniciado há mais de 60 dias. “Essa operação teve início com o cumprimento de mandados judiciais e uma investigação de mais de um ano e planejamento feito há mais de 60 dias. Uma operação do Estado contra narcoterroristas, porque as pessoas que fazem isso são narcoterroristas”, declarou Castro em coletiva de imprensa.
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Durante a ação, os policiais apreenderam 31 fuzis e grande quantidade de drogas. Entre os detidos está Belão, apontado como uma das lideranças do Comando Vermelho no Rio.
Os confrontos ocorreram principalmente em áreas de mata, mas houve tentativas de bloqueio de vias por parte dos criminosos, incluindo a Avenida Brasil, uma das principais artérias da cidade. Segundo o governo estadual, todos os batalhões do Rio permanecem em estado de alerta diante do risco de retaliações da facção.
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Durante a manhã, os criminosos chegaram a usar drones para lançar bombas contra os policiais, numa escalada de violência inédita no estado.
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O governador Cláudio Castro destacou o uso de tecnologia, estratégia e inteligência policial como elementos centrais para o êxito da operação, mas criticou a ausência de apoio federal. “As nossas polícias estão sozinhas… Infelizmente, mais uma vez, não temos auxílio nem de blindados nem de agentes das forças federais, de segurança ou de defesa. É o Rio de Janeiro completamente sozinho”, afirmou.
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A operação, que abrange uma área de 9 milhões de metros quadrados, continua em andamento, com buscas em pontos estratégicos da região. A Polícia Civil informou que novas prisões e apreensões podem ocorrer nas próximas horas.



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