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Natal registra mais de 800 picadas de escorpião e SMS alerta para aumento nos próximos meses; saiba como prevenir


Mais de 800 pessoas foram atendidas na rede de saúde de Natal entre janeiro e junho deste ano após serem picadas por escorpiões, segundo levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No total, foram 853 registros no período, número que acende um alerta para os meses de agosto e setembro, quando tradicionalmente há um aumento nos casos, impulsionado por fatores climáticos e o ciclo reprodutivo dos aracnídeos.

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O escorpião-amarelo-do-nordeste (Tityus stigmurus) é a espécie mais comum na capital potiguar. A SMS explica que esse tipo de escorpião pode se reproduzir sem a necessidade de macho — por partenogênese — e chega a gerar duas a três ninhadas por ano, dependendo das condições de alimento e abrigo. O ciclo de reprodução tende a se intensificar nos meses mais quentes e úmidos, o que contribui para o aumento da presença dos animais nas residências.

Em 2024, Natal já acumula 2.580 notificações de acidentes com animais peçonhentos, dos quais 82,8% foram causados por escorpiões — um total de 2.135 ocorrências.

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Acidentes podem ser graves, especialmente em crianças

A SMS destaca que, embora a maioria dos casos envolva sintomas leves, acidentes com escorpiões podem ser graves, especialmente em crianças e idosos. Em abril, uma criança de sete anos sofreu um quadro grave após ser picada no Distrito Sanitário Norte I. O caso mobilizou o Núcleo de Vigilância de Animais Peçonhentos, que realizou vistorias e capturas na região.

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A gerente técnica da Unidade de Vigilância de Zoonoses, Úrsula Torres, reforça a importância de buscar atendimento médico imediato em caso de picada:

“Uma dor intensa local, porém essa dor pode agravar. Você pode vir a ter sudorese, náusea, vômito. Esses são sinais de alarme de que o caso está ficando grave. Pode evoluir para parada respiratória e até parada cardíaca. Daí a importância de realmente procurar o atendimento”, alertou, em entrevista à Inter TV Cabugi.

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O que fazer em caso de picada

A recomendação inicial é lavar o local da picada com água e sabão, aplicar compressa morna e, se possível, capturar o escorpião ou registrá-lo em foto ou vídeo para ajudar na identificação e tratamento. A vítima deve procurar uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital: Potengi, Pajuçara, Cidade Satélite ou Esperança.

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Como prevenir

Para evitar a presença dos escorpiões dentro de casa, a SMS orienta:

  • Afastar camas, berços e móveis das paredes;
  • Vedar ralos de banheiros e cozinha, especialmente à noite;
  • Aplicar água sanitária nos ralos;
  • Vedar frestas em paredes, pisos, portas e janelas;
  • Verificar calçados, brinquedos, roupas e objetos antes do uso.

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A pasta alerta ainda que o uso de venenos não é recomendado, pois pode desalojar os escorpiões e aumentar o risco de acidentes.

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Caso um escorpião seja encontrado, a população pode acionar a Unidade de Vigilância de Zoonoses pelo telefone ou por meio do aplicativo Natal Digital, para que o animal seja coletado e identificado pelas equipes de saúde pública.

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