Uma nova pesquisa do Instituto Exatus revela um cenário de ampla indefinição na disputa pelas oito vagas do Rio Grande do Norte na Câmara dos Deputados. Segundo o levantamento, realizado entre os dias 18 e 21 de setembro, 79,4% dos eleitores afirmaram não saber em quem votar, enquanto 7,2% responderam nenhum/branco/nulo.
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Esse é o estudo mais abrangente feito até agora no estado sobre a corrida proporcional, com 2.029 eleitores ouvidos e margem de erro de 2,19 pontos percentuais, para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95%.
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Cenário da disputa
Na lista de lembrados, a deputada federal Natália Bonavides (PT) aparece em primeiro lugar, citada por 1,9% dos entrevistados. Advogada e militante dos direitos humanos, Natália está em seu segundo mandato e foi a mais votada do estado em 2022, com mais de 157 mil votos. No ano passado, disputou a Prefeitura de Natal, chegando ao segundo turno com quase 180 mil votos.
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Na sequência, aparece o deputado João Maia (PP), com 1,4% das intenções de voto. Ele exerce seu quarto mandato na Câmara e é irmão da senadora Zenaide Maia (PSD).
Em terceiro lugar está o deputado General Girão (PL), lembrado por 1,3% dos eleitores. Militar da reserva e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Girão representa a ala conservadora no estado. Logo depois, vem o deputado Benes Leocádio (União Brasil), citado por 1,1%. Ex-prefeito de Lajes e ex-presidente da Femurn, Benes está em seu segundo mandato em Brasília.
Outros nomes também aparecem com destaque: Sargento Gonçalves (PL), com 0,7%; o ex-prefeito de Caraúbas, Juninho Alves (PL), com 0,5%; e, empatados com 0,4%, o ex-prefeito de Currais Novos Odon Júnior (PT), a secretária de Assistência Social de Natal Nina Souza (União) e a menção a um “candidato do PT”.
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Atualmente, o Rio Grande do Norte conta com 8 vagas na Câmara dos Deputados. Esse número, no entanto, pode mudar. O Congresso ainda discute a derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um projeto que amplia o número de parlamentares federais. Caso a mudança seja confirmada, o RN pode ganhar até 6 novas cadeiras, passando a ter 30 deputados estaduais e mais representantes em Brasília.
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Se o veto não for derrubado até 1º de outubro, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) redistribuir as vagas entre os estados, com base no tamanho da população.
Próximos passos
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