Adolescentes que cumprem medida de semiliberdade no Casemi Nazaré, unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte (Fundase/RN), participaram de entrevistas para vagas de emprego pelo programa Jovem Aprendiz.
Ação foi viabilizada no final de janeiro em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), que, ao longo de todo o ano de 2024, deu suporte à unidade por meio de oficinas educativas.
Um dos cursos oferecidos teve foco na elaboração de currículos, dando instruções sobre como destacar suas habilidades e experiências de forma eficaz. Outra oficina abordou o uso responsável e profissional das redes sociais, orientando os adolescentes sobre como essa ferramenta pode ser utilizada para potencializar oportunidades de trabalho e ao mesmo tempo proteger sua imagem pessoal.
Os jovens também receberam informações sobre técnicas de entrevista. A preparação incluiu dicas sobre postura, linguagem corporal e formas eficazes de responder às perguntas mais comuns em processos seletivos, aumentando as chances de sucesso.
Além disso, o “projeto de vida” também foi tema de oficina, com o objetivo de estimular a reflexão sobre metas pessoais e profissionais, ajudando-os a construir um plano de futuro baseado em suas potencialidades e aspirações.
Para complementar essas atividades presenciais, os adolescentes realizaram cadastro na plataforma Saber Virtual, onde podem se candidatar a vagas de emprego e acessar cursos de qualificação profissional.
A parceria com o CIEE representa um elemento central no processo socioeducativo, uma vez que a formação profissional é um direito previsto para os socioeducandos e uma estratégia essencial para sua reintegração social. Esses momentos e ações planejadas ajudam os adolescentes a adquirir ferramentas fáceis para enfrentar o mercado de trabalho, promovendo autonomia, responsabilidade e a construção de uma nova trajetória de vida. Assim, o trabalho conjunto entre a unidade e o CIEE reafirma o compromisso de proporcionar oportunidades concretas de desenvolvimento e inclusão social.
A psicóloga do Casemi Nazaré, Natália Campos, explica que a ação contribui para o processo socioeducativo, possibilitando a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos na oficinas e reforça a importância do compromisso e da responsabilidade: “Ao vivenciarem essas experiências, eles desenvolvem habilidades essenciais, como a comunicação assertiva, a resolução de problemas e a confiança em suas próprias capacidades, elementos cruciais para a reinserção social. Assim, independente do resultado da seleção, os adolescentes ganham experiência e habilidades”.
“Além disso, com a possibilidade de inserção no mercado de trabalho por meio do programa Jovem Aprendiz, os adolescentes ampliam suas redes de interação social, rompem com estigmas associados à aplicação de medidas socioeducativas e podem construir um caminho promissor de autonomia financeira e integração cidadã, contribuindo para seu projeto de vida em sociedade”, completa a psicóloga.
Deixe um comentário