Tag: chuvas

As fortes chuvas que atingiram Natal na manhã desta sexta-feira (15) provocaram mais um alagamento na Rua Santa Inês, no bairro Pajuçara, Zona Norte da capital. A entrada do condomínio Nova Aurora ficou completamente tomada pela água, impedindo o acesso de veículos e dificultando a passagem de pedestres.

.

Moradores relatam que a situação se repete há anos, sem solução definitiva. “Recebi mensagens todos os dias durante as chuvas, pedindo socorro. As pessoas estão desesperadas. Os carros não estão conseguindo entrar na garagem do condomínio Nova Aurora. As pessoas têm que sair pela casinha do lixo. Como uma construtora vende sonhos e entrega pesadelos?”, questionou a deputada estadual Eudiane Macedo (PV), citando ainda que os alagamentos atingem outros loteamentos da região, como Panorama, Algemar e Rio Mar.

.

A parlamentar já havia usado o caso como exemplo da falta de infraestrutura nos loteamentos da Zona Norte e criticou a atuação das construtoras responsáveis, apontando a necessidade de ações efetivas para evitar que os moradores continuem sofrendo com os prejuízos provocados pelas chuvas.

.

*Com informações do Agora RN

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de nível amarelo — que indicam perigo potencial — para o Rio Grande do Norte. Os avisos, válidos até as 10h desta quinta-feira (7), abrangem Natal e outros 35 municípios potiguares em relação ao risco de acumulado de chuvas, além de outras 19 cidades que podem ser afetadas por ventos costeiros.

.

O alerta de chuvas prevê precipitações entre 20 e 30 milímetros por hora, ou até 50 milímetros por dia, com baixo risco de alagamentos e pequenos deslizamentos em áreas de risco. Já o alerta de ventos costeiros aponta a possibilidade de intensificação dos ventos no litoral, o que pode causar o deslocamento de dunas sobre construções na orla.

.

O Inmet orienta a população a evitar enfrentar o mau tempo, observar alterações nas encostas e não utilizar aparelhos eletrônicos ligados à tomada durante os períodos de chuva. Em caso de emergência, é recomendado acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.

.

Municípios em alerta de chuvas:

• Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Extremoz, Nísia Floresta, São José de Mipibu, Monte Alegre, Vera Cruz, Brejinho, Passagem, Lagoa de Pedras, Lagoa Salgada, Serrinha, São Pedro, Ielmo Marinho, Taipu, Pureza, Rio do Fogo, Touros, Maxaranguape, Baía Formosa, Canguaretama, Goianinha, Tibau do Sul, Espírito Santo, Pedro Velho, Montanhas, Nova Cruz, Santo Antônio, Arez, Várzea, Jundiá, Senador Georgino Avelino e Vila Flor.

.

Municípios em alerta de ventos costeiros:

• Areia Branca, Caiçara do Norte, Galinhos, Grossos, Guamaré, Jandaíra, João Câmara, Macau, Mossoró, Parazinho, Pedra Grande, Pedro Avelino, Porto do Mangue, Pureza, São Bento do Norte, São Miguel do Gostoso, Serra do Mel, Tibau e Touros.

.

Apesar de os alertas serem de nível baixo na escala do Inmet, os órgãos de monitoramento recomendam atenção, especialmente nas áreas litorâneas e regiões com histórico de alagamentos ou deslizamentos.

A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), instalará um novo pluviômetro na Zona Norte nesta segunda-feira (24), às 10h. O equipamento será implantado no campus da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e tem como objetivo ampliar o monitoramento das chuvas e eventos climáticos extremos na região.

A iniciativa faz parte do Projeto de Monitoramento Hidrológico e Climático da Semurb e busca aprimorar a coleta de dados para subsidiar ações preventivas contra alagamentos e transbordamentos. O sistema opera com a instalação de pluviômetros em instituições parceiras, responsáveis por realizar a leitura diária dos índices de precipitação. Os dados coletados alimentam a base de informações do município, permitindo um acompanhamento mais preciso das cotas das lagoas urbanas e da rede de drenagem.

Além da importância técnica, o projeto também tem um forte caráter educativo. A instalação dos equipamentos é acompanhada de palestras e visitas técnicas, que fortalecem a educação ambiental e incentivam a conscientização sobre as mudanças climáticas e a gestão dos recursos hídricos.

As intensas chuvas que atingiram a Natal nesta quarta-feira (5) seguiram causando grandes transtornos, especialmente na Zona Norte da capital potiguar. O acúmulo de água afetou diversas regiões, resultando em alagamentos, deslizamentos e danos materiais significativos.

No bairro Igapó, a situação foi particularmente dramática. Moradores da região enfrentaram o impacto da força das águas, que formaram uma cratera no meio da rua, ameaçando a estrutura de várias casas. Uma moradora, visivelmente emocionada, não conteve as lágrimas ao ver a enorme abertura na via, que pôs em risco o lar de muitas famílias.

Além disso, o Corpo de Bombeiros foi acionado em diversas ocasiões na Zona Norte para resgatar moradores de casas e condomínios alagados. A água invadiu as residências após transbordar de um terreno baldio localizado na lateral das moradias. Muitas famílias ficaram em risco, e o trabalho das equipes de resgate foi crucial para a segurança de todos.

Em Extremoz, município da Região Metropolitana de Natal, a situação também foi grave. A Defesa Civil foi chamada para interditar a lagoa de captação do Moinho dos Ventos devido à iminência de um possível colapso. A estrutura da lagoa estava sob forte pressão devido ao volume de chuva acumulado, e as autoridades precisaram agir rapidamente para evitar danos maiores e garantir a segurança da população local.

A madrugada desta segunda-feira (13) foi marcada por fortes chuvas em Natal, que provocaram alagamentos e danos em várias regiões da cidade. Um dos pontos mais afetados foi a Rua Nossa Senhora do Ó, no bairro Igapó, Zona Norte da capital potiguar, onde a força das águas abriu uma grande cratera, engolindo uma retroescavadeira que estava a serviço no local. O incidente gerou grande preocupação entre os moradores, que criticaram a obra de drenagem inaugurada recentemente.

A obra na esquina das ruas Nossa Senhora do Ó e Santa Luzia foi entregue pela Prefeitura de Natal em 30 de dezembro de 2024, ainda na gestão do ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos). Com um investimento de R$ 8 milhões, a intervenção incluiu a ampliação do sistema de drenagem, reconstrução das vias, construção de calçadas acessíveis e instalação de piso intertravado. No entanto, moradores afirmam que o projeto foi inaugurado sem estar totalmente concluído, o que pode ter contribuído para o colapso da estrutura durante a chuva.

“Por que ele [ex-prefeito] não vem inaugurar agora? Venha ver a situação, como é que está a população aqui na rua Nossa Senhora do Ó com a Santa Luzia. Toda vez que chove, isso acontece”, desabafou um morador.

Em entrevista ao programa Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, uma moradora da região lamentou o descaso e o medo constante que a população enfrenta em períodos de chuva. “O sofrimento da gente aqui é grande. Ninguém dorme. É criança chorando, é tudo. E uma obra que foi inaugurada em dezembro está assim. Só Deus na causa”, declarou.

Além da retroescavadeira, um poste de iluminação cedeu devido ao alagamento, agravando ainda mais a situação. Comerciantes e moradores relataram dificuldades para circular pela região e temor de novos deslizamentos.

O episódio gerou repercussão política nas redes sociais. A deputada federal Natália Bonavides (PT) criticou a gestão anterior e classificou as inaugurações realizadas nos últimos dias do mandato de Álvaro Dias como ações de “marketing”. “Nos últimos dias de sua gestão, o ex-prefeito cometeu uma série de inaugurações para tirar foto e fazer média nas redes. O resultado é esse: hospital sem funcionar, obras de drenagem incompletas e as pessoas passando sufoco. Absurdo”, escreveu a parlamentar.

Diante do incidente, equipes da Prefeitura de Natal e da Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) foram acionadas para realizar a limpeza e avaliar os danos estruturais. No entanto, moradores cobram soluções definitivas e afirmam que medidas paliativas não resolverão os problemas históricos de alagamento na região.

Fonte: O Potengi