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  • Docentes da UFRN rejeitam proposta do governo

    Docentes da UFRN rejeitam proposta do governo

    Em greve há um mês, os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) decidiram, nesta terça-feira (21), rejeitar a última proposta apresentada pelo governo federal, que prevê um reajuste salarial de 0% para 2024. A assembleia, realizada em formato híbrido com o auditório da reitoria lotado, registrou 222 votos contrários à aceitação da proposta, 182 votos favoráveis e 10 abstenções. Contudo, a decisão final será determinada por um plebiscito online, que será realizado entre as 8h de quarta-feira (22) e as 17h de quinta-feira (23) no site do ADURN-Sindicato.

    Durante a assembleia, os docentes da UFRN consideraram insuficiente a proposta apresentada pelo governo na 5ª reunião da Mesa Específica e Temporária do Magistério Federal, realizada em 15 de maio. A proposta do governo mantinha um reajuste de 0% para 2024, seguido de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, além de não prever qualquer reajuste para os professores aposentados.

    Por outro lado, a proposta do governo incluiu a aplicação dos reajustes dentro da reestruturação da carreira, com foco nas classes de menor remuneração. O governo também aceitou a contraproposta do PROIFES-Federação — entidade nacional da qual o ADURN-Sindicato faz parte — de substituir as Classes A/D I e B/D II por uma nova Classe de Entrada. Além disso, a contraproposta do PROIFES para os steps, com aumentos de 4,5% em 2025 e 5% em 2026, foi acatada.

    “Na mesa, ficou evidente que a proposta do Governo, anunciada como final, dialogava com a contraproposta formulada pelo PROIFES. A proposta contém avanços remuneratórios e alguns pontos que continuarão na Mesa Setorial de Negociação (sem impactos orçamentários) e outros que não foram integralmente contemplados”, afirmou o Conselho Deliberativo do PROIFES em comunicado no dia 16 de maio.

    Posição do Governo

    O PROIFES informou que, em um e-mail enviado nesta terça-feira (21), a Diretoria de Relações de Trabalho no Serviço Público (DERET/SRT) do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) afirmou que a proposta apresentada na reunião do dia 15 de maio é a última. Conforme acordado com as entidades representativas, o próximo encontro, marcado para o dia 27 de maio, tem como objetivo a assinatura do Termo de Acordo, sem margem para novas contrapropostas.

    Histórico da Greve

    Os professores da UFRN iniciaram a greve no dia 22 de abril, após um plebiscito com a participação de 1.820 dos 2.396 docentes aptos a votar, considerado um marco histórico pela categoria. Os docentes reivindicam um reajuste salarial linear de 7,06% para 2024, 2025 e 2026, totalizando 22,8%, em conjunto com os servidores públicos federais.

    Além disso, a categoria luta pela reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). A proposta de reestruturação encaminhada pelo PROIFES-Federação inclui reajustes de 9,39% em 2024, 6,82% em 2025 e 6,82% em 2026, totalizando 23,03%.

  • Calendário de aulas do IFRN é suspenso

    Calendário de aulas do IFRN é suspenso

    O início da greve dos técnicos administrativos e dos professores, no dia 3 de abril, levou à suspensão do calendário acadêmico de 2024, nos Institutos Federais do Rio Grande do Norte, a decisão foi anunciada nesta segunda-feira (8). Segundo informações do reitor da instituição, professor José Arnóbio de Araújo Filho, cerca de 38 mil alunos são afetados pela decisão.

    A suspensão do calendário foi discutida em reunião do Colégio de Dirigentes (Codir), formado por gestores e diretores-gerais dos campi, cerca de 20 campus da instituição devem paralisar as aulas até o início da próxima semana. 

    “Os diretores dos campi estavam monitorando a situação local, desde o início da greve, o nível de adesão, e alguns problemas surgiram. Algumas prefeituras, depois que a greve foi anunciada, deixaram de enviar os ônibus com os alunos, professores também aderiram à paralisação; e também tem a questão da política de alimentação dos estudantes em vulnerabilidade. Sem alimentação, a gente não tem como trazer esse aluno”, afirmou o reitor.

    Ainda de acordo com Arnóbio, ainda não há previsão de quando as aulas irão retornar, mas  a instituição vai acompanhar a situação semanalmente. A suspensão dos calendários será implementada em datas diferentes. Confira abaixo:

    Os campi de Apodi e Natal-Zona Leste seguem com o calendário em andamento e haverá reavaliação após a realização de reuniões entre os servidores, segundo o IFRN.

    Ainda segundo a instituição, alguns serviços essenciais e programas de fomento, que possuem prazo de finalização, deverão ser mantidos.