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Tag: segurança

  • Roubos a residências e comércios caem mais de 30% no Rio Grande do Norte

    Roubos a residências e comércios caem mais de 30% no Rio Grande do Norte

    O Rio Grande do Norte registrou uma redução significativa nos casos de roubos a residências e estabelecimentos comerciais neste ano. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (11) pela Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), os crimes contra residências caíram 35,7%, passando de 596 ocorrências entre janeiro e agosto de 2024 para 383 registros no mesmo período de 2025.

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    A diminuição também se refletiu nos roubos a comércios, que apresentaram queda de 32,6%: 527 casos em 2024 contra 355 em 2025. Segundo a SESED, os números apontam para uma tendência de queda nos crimes patrimoniais, embora as autoridades reforcem a importância da manutenção das ações de prevenção e fiscalização.

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    Os dados foram consolidados pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE), da SESED, que realiza o acompanhamento sistemático das ocorrências no estado. Após o levantamento, as informações são compartilhadas com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e com o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), garantindo transparência e embasamento para políticas públicas de segurança.

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    A redução nos índices de roubos a residências e comércios é vista como resultado do fortalecimento das estratégias de segurança, que incluem patrulhamento ostensivo, monitoramento de áreas críticas e ações integradas entre Polícia Civil e Militar, além de programas de prevenção e conscientização da população.

  • Pix terá novas regras para facilitar devolução de valores em casos de golpes

    Pix terá novas regras para facilitar devolução de valores em casos de golpes

    O Banco Central (BC) anunciou nesta quinta-feira (28) uma mudança significativa nas regras do Pix, que visa aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta voltada a devolver recursos para vítimas de fraudes, golpes ou coerção. A partir de 1º de outubro, o MED será totalmente digital, dispensando o contato com os canais de atendimento das instituições financeiras. Todas as instituições participantes deverão disponibilizar a funcionalidade dentro do próprio ambiente Pix de seus aplicativos, tornando possível contestar transações de forma mais rápida e segura, sem burocracia adicional.

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    Entre as novidades, está a possibilidade de que a devolução de valores ocorra a partir de contas diferentes da que recebeu o Pix fraudulento. Até então, a restituição só era possível pela conta original, o que frequentemente impedia a devolução, já que os fraudadores transferem os recursos rapidamente. Com as alterações, o sistema identificará possíveis caminhos do dinheiro, aumentando a chance de que os valores sejam recuperados. A funcionalidade facultativa estará disponível a partir de 23 de novembro e passará a ser obrigatória a partir de fevereiro de 2026. Segundo o BC, o processo permitirá a devolução em até 11 dias após a contestação, acelerando a recuperação dos recursos e desincentivando novos golpes.

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    O Banco Central ressaltou que o aprimoramento do MED também promove maior compartilhamento de informações entre os participantes das transações, o que dificultará o uso das contas envolvidas em fraudes futuras. Criado em 2021, o MED só pode ser acionado em casos comprovados de fraude ou erro operacional da instituição financeira, não sendo aplicável para desacordos comerciais, situações entre terceiros de boa-fé ou envios de Pix realizados por erro do usuário, como digitação incorreta de chaves.

  • Lei Juliana Soares é aprovada na Câmara Municipal

    Lei Juliana Soares é aprovada na Câmara Municipal

    Em uma sessão marcada por emoção e compromisso com a vida das mulheres, a Câmara Municipal de Natal aprovou nesta terça-feira (26) o Projeto de Lei “Juliana Soares”, de autoria da vereadora Samanda Alves (PT). A nova legislação torna obrigatória a instalação de câmeras de segurança em áreas comuns de condomínios residenciais com dez ou mais unidades habitacionais.
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    O projeto foi batizado em homenagem a Juliana Soares, sobrevivente de uma tentativa de feminicídio ocorrida no mês passado. Sua história, amplamente divulgada, foi determinante para o debate sobre a importância da vigilância eletrônica como instrumento de prevenção e prova em casos de violência doméstica.
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    “Hoje celebramos vida e coragem. A força de Juliana nos inspira e mostra o quanto a segurança e a prevenção salvam vidas”, afirmou a vereadora Samanda durante a votação. A parlamentar destacou ainda que a presença de câmeras pode funcionar como fator dissuasório, além de fornecer evidências em investigações e garantir resposta rápida diante de agressões.
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    Juliana Soares esteve presente na Câmara durante a sessão e participou da solenidade de entrega da comenda Maria da Penha, realizada dentro das ações do Agosto Lilás – campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher. Em sua fala, ela ressaltou a importância do projeto.
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    “Esse projeto é uma oportunidade para as mulheres. Assim como eu tive câmeras que registraram o que aconteceu comigo, quantas outras não tiveram e não têm essa proteção. É de suma importância que a Casa acolha esse projeto de lei, porque ele salva vidas e pode ajudar com provas contra os agressores”, declarou Juliana.
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    Segundo Samanda Alves, a proposta busca contribuir para a construção de espaços urbanos mais seguros, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade. “Seguimos na luta porque acreditamos que, quando a cidade é boa e segura para as mulheres, ela é boa e segura para todo mundo”, completou.
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    Com a aprovação unânime, o Projeto de Lei Juliana Soares segue agora para sanção do Executivo Municipal. Caso seja sancionado, os condomínios residenciais com mais de dez unidades terão que se adequar à nova exigência, garantindo a instalação de câmeras nas áreas comuns, como corredores, entradas, garagens e halls de acesso.
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    A medida representa mais um avanço no combate à violência de gênero em Natal, fortalecendo mecanismos de proteção e acolhimento às vítimas.

  • Governo do RN cria 17º Batalhão da Polícia Militar com sede em Ceará-Mirim

    Governo do RN cria 17º Batalhão da Polícia Militar com sede em Ceará-Mirim

    A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), assinou o decreto que cria o 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM), com sede em Ceará-Mirim, no Litoral Norte. A nova unidade substitui a 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (7ª CIPM), que foi extinta, reforçando a presença policial na região.

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    O anúncio ocorreu após reunião em julho envolvendo a governadora, o prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Henrique (PSD), vereadores da Câmara Municipal, secretários municipais, prefeitos da região e o ex-prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César. Também participaram ativamente da reunião os prefeitos Professora Nira (Maxaranguape), Ricardo Brito (Pureza), Fernando de Canto de Moça (Ielmo Marinho), Márcio de Cici (Rio do Fogo) e Louvado (Taipu), demonstrando unidade em torno da criação do novo batalhão.

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    O 17º BPM terá como área de atuação os municípios de Ceará-Mirim, Ielmo Marinho, Maxaranguape, Pureza, Rio do Fogo e Taipu. Entre suas atribuições estão a prevenção e repressão da criminalidade, apoio a outras unidades operacionais da PM e cooperação com órgãos de segurança do Estado. O batalhão contará com três companhias: a 1ª, sediada em Ceará-Mirim; a 2ª, em Maxaranguape; e a 3ª, em Taipu, ficando subordinado ao Comando de Policiamento Metropolitano.

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    Para o prefeito Antônio Henrique, a criação do 17º BPM representa uma conquista coletiva. “Esse é um passo fundamental para melhorar a segurança em nossa cidade e em todo o Mato Grande. Ceará-Mirim sempre defendeu essa pauta e hoje vemos que a luta valeu a pena. Agradeço à governadora Fátima Bezerra, aos vereadores da Câmara Municipal, aos prefeitos da região do Mato Grande, às lideranças locais e, de forma especial, ao ex-prefeito Júlio César, que também sempre lutou por essa conquista. Esse resultado é fruto de um grande esforço coletivo”, destacou.

  • RN inicia construção de módulo de segurança máxima em Alcaçuz para isolar presos de alta periculosidade

    RN inicia construção de módulo de segurança máxima em Alcaçuz para isolar presos de alta periculosidade

    A Secretaria da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap) deu início, nesta semana, à construção de um Módulo de Segurança Especial na Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, parte do Complexo de Alcaçuz, em Nísia Floresta. A estrutura será a primeira do estado com padrão semelhante ao do Sistema Penitenciário Federal, destinada a presos de alta periculosidade.

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    Com investimento de mais de R$ 2 milhões, a obra terá 500 m² de área construída em concreto armado, 20 celas individuais, 10 solários, pátio coberto, alojamento e guarita. O objetivo é abrigar internos considerados de alto risco para a segurança pública ou para o próprio sistema penitenciário, permitindo o isolamento mesmo sem a prática de falta grave, caso haja suspeita de envolvimento com organizações criminosas.

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    O secretário da Administração Penitenciária, Helton Edi Xavier, afirmou que o novo módulo é uma estratégia para reforçar o controle e a vigilância sobre líderes do crime organizado.
    “Aqueles que representam um nível maior de periculosidade agora vão ter um espaço onde a gente possa fazer um monitoramento melhor. Isso reflete na segurança de fora e de dentro da cadeia também”, disse.

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    A obra é executada por uma empresa contratada que utiliza mão de obra carcerária formada em cursos do Senai. Ao todo, 15 presos trabalham na construção, recebendo um salário mínimo dividido entre uso pessoal (50%), poupança para o regime semiaberto (25%) e retorno ao Estado para investimentos no sistema penitenciário (25%).
    ” O preso não é só para estar dando despesa para o Estado. Esse trabalho é uma contribuição para o sistema e oferece condições para aqueles que quiserem se ressocializar “, completou o secretário.

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    O módulo integra um pacote de investimentos da Seap para ampliar vagas no sistema prisional até 2027, somando mais de R$ 35 milhões. Entre as obras já concluídas estão o Complexo Penal João Chaves Feminino, o Pavilhão de Presos Trabalhadores de Alcaçuz e o Pavilhão de Progressão do Complexo Penal Agrícola Mário Negócio, em Mossoró. Também estão previstas novas unidades em Natal, Caicó e ampliação em Alcaçuz, criando mais 1.086 vagas no sistema.

  • Câmara dos Deputado aprova projeto para revogar portaria que instituiu uso de câmeras corporais por policiais

    Câmara dos Deputado aprova projeto para revogar portaria que instituiu uso de câmeras corporais por policiais

    A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), um projeto que revoga a portaria do governo federal que instituiu o uso de câmeras corporais por agentes da polícia. O PDL (Projeto de Decreto Legislativo) é de autoria do deputado Alberto Fraga (PL-DF) e agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovado, o texto seguirá para votação no plenário da Casa.

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    A portaria, instituída em 2024, determinava as situações em que os policiais devem manter os equipamentos ligados, como em atendimento de ocorrências, ações ostensivas e buscas domiciliares. O novo texto da Câmara, no entanto, propõe que as regras para o uso das câmeras não sejam definidas por decreto, mas sim por lei federal aprovada pelo Congresso Nacional.

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    “Não se entende que a Lei 13.675/18, que disciplina o sistema de segurança pública, autorize o uso de portaria para esse caso”, argumenta Fraga.

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    Durante a discussão na comissão, apenas os deputados Duda Salabert (PDT-MG) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) registraram discordância; a pauta foi aprovada de forma simbólica pelos demais membros.

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    A medida do governo federal, que ainda está em vigor, aplica o uso das câmeras corporais a agentes de diversos órgãos, incluindo:

    • Polícia Federal
    • Polícia Rodoviária Federal
    • Polícia Penal Federal
    • Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal
    • Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal
    • Polícias Civis dos Estados e do Distrito Federal
    • Polícias Penais dos Estados e do Distrito Federal
    • Peritos de Natureza Criminal dos Estados e do Distrito Federal
    • Guardas Municipais

  • Secretaria lança plano de combate à violência contra mulheres em meio a aumento de feminicídios

    Secretaria lança plano de combate à violência contra mulheres em meio a aumento de feminicídios

    O Governo do Rio Grande do Norte vai apresentar na próxima segunda-feira (11) o Plano Estadual de Combate à Violência contra as Mulheres, elaborado pela Secretaria de Estado da Mulher, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH). A iniciativa surge após determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), que, em auditoria, apontou falhas na política estadual de gênero e a necessidade de um programa estruturado e integrado para enfrentar a violência de gênero.

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    O relatório da auditoria operacional destacou problemas como falta de efetivação das leis e regulamentos, deficiência na territorialização das ações, ausência de uma base de dados unificada e fragilidade nos mecanismos de acompanhamento e assistência articulada às vítimas.

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    “A gente teve essa provocação do TCE, mas já elaboramos o plano de metas, o plano estratégico de enfrentamento à violência”, afirmou Júlia Arruda, secretária da SEMJIDH.

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    Segundo a pasta, o documento já foi aprovado pelo Comitê de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (CEAV) e pelo Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres (CEDIM), mas ainda não foi divulgado ao público. Pela primeira vez, 10% do Fundo Nacional de Segurança Pública será destinado ao enfrentamento à violência contra mulheres.

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    Entre as ações previstas estão a capacitação de servidores, o aprimoramento dos canais de denúncia e o fortalecimento da rede de atendimento. O plano está alinhado à Lei nº 14.899/2024, que regulamenta o combate à violência doméstica e familiar no Brasil.

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    O Plano de Metas para o Enfrentamento Integrado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher terá vigência entre 2026 e 2035, estabelecendo eixos estratégicos, metas, indicadores e iniciativas para reduzir a violência de gênero no estado.

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    Violência em alta no RN

    Apesar das medidas, os números revelam um cenário preocupante. Dados da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) mostram que, entre janeiro e julho deste ano, 10 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado – uma morte a cada 21 dias.

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    O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, registrou 2.316 notificações de violência contra mulheres no mesmo período, o equivalente a 11 casos por dia.

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    No cenário nacional, o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que, mesmo com a queda de 5,4% nas mortes violentas intencionais em 2024, os feminicídios cresceram 19%.

    A expectativa da SEMJIDH é que o novo plano sirva como marco para reverter essa tendência, criando um sistema mais integrado e efetivo de prevenção, acolhimento e proteção às mulheres.

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  • Procon Natal amplia fiscalização para proteger mulheres em bares e restaurantes da capital

    Procon Natal amplia fiscalização para proteger mulheres em bares e restaurantes da capital

    O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) iniciou nesta semana a implantação de novas medidas obrigatórias de fiscalização para bares, restaurantes, casas de shows e estabelecimentos de lazer da capital potiguar. As ações têm como objetivo reforçar a proteção de mulheres em situação de risco, conforme determina a Lei Municipal nº 7.130/2021.

    A iniciativa, que ganha força no mês da campanha Agosto Lilás, prevê uma série de exigências para os estabelecimentos comerciais, como a criação de protocolos humanizados de acolhimento, capacitação contínua de funcionários, campanhas educativas, disponibilização de espaços seguros, além de uma atuação imediata em casos de assédio ou violência.

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    “Se a mulher se encontra dentro desse estabelecimento, ele já é responsável pela segurança dela enquanto consumidora. O Procon vai atuar verificando se essas normas estão sendo cumpridas na prática”, afirmou a diretora-geral do Procon Natal, Dina Perez.

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    Protocolo de segurança passa a ser obrigatório

    De acordo com a nova etapa de fiscalização, os estabelecimentos deverão:

    • Fixar avisos com orientações nos banheiros femininos e em pelo menos mais um ponto visível do local;
    • Disponibilizar funcionários treinados para acompanhar mulheres até veículos ou pontos de transporte, quando elas se sentirem ameaçadas;
    • Garantir um espaço seguro dentro do estabelecimento, onde a mulher possa aguardar a chegada da polícia;
    • Ter telefone disponível para contato com autoridades ou familiares da vítima;
    • Promover campanhas educativas e treinar equipes para identificar situações de risco.

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    Além disso, a lei especifica que, quando necessário, o próprio veículo da vítima poderá ser utilizado para levá-la até a delegacia, com acompanhamento do estabelecimento, garantindo uma condução segura.

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    Segundo Dina Perez, a fiscalização será rotineira, educativa e sem aviso prévio, ocorrendo durante o horário de funcionamento dos locais. A atuação, segundo ela, começa com orientações, mas pode resultar em advertências, multas que chegam a R$ 12 milhões, suspensão de atividades ou interdição total ou parcial do estabelecimento.

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    “A fiscalização será incorporada à rotina do Procon Natal. Vamos começar com ações educativas, mas depois passaremos à cobrança efetiva da lei. Não se trata de uma questão de conscientização, mas do cumprimento de uma legislação vigente. É uma questão de segurança pública”, enfatizou Perez.

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    Violência nos espaços de lazer é uma realidade

    A urgência da medida se evidencia por dados recentes. Uma pesquisa de 2022, intitulada “Bares Sem Assédio”, realizada pela marca Johnnie Walker em parceria com a startup Women Friendly, apontou que 66% das mulheres brasileiras já foram assediadas em bares ou restaurantes.

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    Em Natal, a medida ganhou força após o caso que chocou o país: a agressão sofrida por Juliana Soares, vítima de 61 socos desferidos pelo namorado dentro de um elevador. O episódio impulsionou o debate sobre violência em ambientes que, em tese, deveriam ser de lazer e segurança.

  • Ataque hacker a empresa conectada ao Pix pode ter causado prejuízo de até R$ 1 bilhão; Polícia Federal investiga

    Ataque hacker a empresa conectada ao Pix pode ter causado prejuízo de até R$ 1 bilhão; Polícia Federal investiga

    A C&M Software, empresa especializada na conexão entre instituições financeiras e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), confirmou nesta semana que foi alvo de um ataque hacker que comprometeu a operação do Pix em diversos bancos e fintechs. De acordo com o site Brazil Journal, o prejuízo total pode chegar a R$ 1 bilhão, com suspeita de que pelo menos R$ 400 milhões tenham sido desviados pelos criminosos.

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    O ataque expôs vulnerabilidades em um elo crucial do sistema financeiro nacional. Fundada em 1992, a C&M é responsável por soluções de mensageria para instituições sem infraestrutura própria de conexão com o SPB, inclusive com o ambiente de liquidação do Pix — sistema criado pelo Banco Central (BC) para permitir transferências instantâneas.

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    Em nota, a empresa afirmou ter sido “vítima direta da ação criminosa, que incluiu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta”. A C&M garantiu que todos os sistemas críticos seguem operacionais e que executou todos os protocolos de segurança. A companhia também disse estar colaborando com o Banco Central, Polícia Civil de São Paulo e outras autoridades. A Polícia Federal também já confirmou que abrirá inquérito para investigar o caso.

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    Interrupção de serviços e prejuízos

    Segundo o O Globo, pelo menos seis instituições financeiras foram afetadas, com perdas médias superiores a R$ 50 milhões por banco. O Banco Paulista foi um dos que reportaram falha na operação do Pix por causa do provedor terceirizado, embora tenha afirmado que nenhum dado sensível foi comprometido.

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    Outra instituição impactada foi a BMP, fornecedora de serviços bancários digitais. A empresa afirmou que o ataque afetou somente recursos depositados em sua conta de reserva no Banco Central, sem envolvimento de clientes finais. Segundo a BMP, há colaterais suficientes para cobrir o prejuízo e a operação da empresa não foi comprometida.

    “As contas de reserva acessadas de forma indevida são usadas exclusivamente para liquidação interbancária”, esclareceu a BMP em nota, destacando que nenhum cliente da instituição foi afetado.

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    Banco Central desliga conexão e inicia apuração

    O Banco Central confirmou que a C&M Software comunicou o ataque e, como medida imediata, determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela empresa, para evitar novos prejuízos e facilitar as investigações.

    A C&M é uma das nove empresas homologadas pelo BC para prestar serviços de conexão ao Pix. O diretor comercial da empresa, Kamal Zogheib, reforçou que a C&M está colaborando com as investigações e que não comentará detalhes por orientação jurídica, mas destacou que a empresa mantém “todos os sistemas críticos íntegros e operacionais”.

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    Investigação e impactos

    A Polícia Federal deve assumir a frente da investigação nos próximos dias. O ataque levanta questionamentos sobre a segurança dos intermediários que conectam o sistema bancário ao Banco Central — parte fundamental do funcionamento do Pix.

    Embora o ataque não tenha atingido diretamente os correntistas, o episódio evidenciou a necessidade de revisão nos protocolos de segurança cibernética e no modelo de atuação de empresas terceirizadas no ambiente financeiro nacional.

    A expectativa agora é que novas diretrizes e exigências técnicas sejam adotadas pelo BC para evitar que brechas como essa possam ser exploradas futuramente. Até o momento, os nomes das instituições afetadas não foram divulgados oficialmente.

  • Governo do RN assina termo de adesão para uso da força e implementação de câmeras corporais na Polícia Militar

    Governo do RN assina termo de adesão para uso da força e implementação de câmeras corporais na Polícia Militar

    Rovena Rosa/Agência Brasil

    O Governo do Rio Grande do Norte avança em suas ações de segurança pública com a assinatura de dois importantes termos de adesão ao projeto de Uso da Força Policial e Câmeras Corporais. O evento ocorre nesta quinta-feira (27), às 11h30, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Natal, e contará com a presença da governadora Fátima Bezerra e do Secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo.

    O primeiro termo se refere ao Uso da Força Policial, regulamentado por um decreto federal que estabelece diretrizes claras para a atuação das forças de segurança no Brasil. Essa medida visa a padronização e a regulamentação das situações que envolvem o uso da força, garantindo maior controle e transparência nas operações policiais.

    O segundo termo envolve a implementação de Câmeras Corporais. Como parte do esforço para melhorar a transparência nas ações policiais e aumentar a confiança da população, o estado do Rio Grande do Norte receberá cerca de 500 câmeras para os agentes de segurança. As câmeras corporais têm como objetivo registrar em tempo real as abordagens policiais, proporcionando mais segurança para os policiais e a comunidade, além de ser uma ferramenta crucial no combate a abusos e violências durante as operações.

    O evento será marcado pela assinatura dos termos de adesão entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Governo do RN, consolidando mais um passo no fortalecimento da segurança pública no estado.