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Após seca atingir 83% do RN, governo limita uso da água no Canal do Pataxó

O Governo do Rio Grande do Norte declarou situação de escassez hídrica no Canal do Pataxó e no trecho perenizado do rio homônimo, localizado entre os municípios de Itajá e Ipanguaçu, no Vale do Açu. A medida foi publicada em portaria do Instituto de Gestão das Águas (Igarn) no Diário Oficial do Estado (DOE) e estabelece regras para o uso da água, restringindo a captação por irrigantes, pecuaristas e moradores da região. A decisão ocorre em meio ao agravamento da seca, que já atinge 83% do território potiguar.

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Segundo o documento, a irrigação deve seguir dias alternados: irrigantes da margem direita do rio só podem acionar suas bombas às segundas, quartas e sextas-feiras, enquanto os da margem esquerda estão autorizados às terças, quintas e sábados. Aos domingos, a utilização da água para irrigação em ambas as margens está proibida. O uso de sifões fica limitado a 11 horas diárias, entre 6h e 17h, e está vedada a captação para encher açudes, lagoas ou barreiros. Em caso de descumprimento, estão previstas advertências ou até a suspensão do direito de uso da água.

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A medida já gera preocupação entre agricultores familiares. O presidente da Fetarn, Erivam do Carmo, afirmou que a restrição prejudica a produção agropecuária e criticou a falta de diálogo prévio com o setor. “Não houve reuniões com os agricultores e agricultoras familiares, nem com as instituições locais sobre o uso reduzido de águas”, declarou, ressaltando que é necessária uma reprogramação das atividades para minimizar prejuízos à safra.

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O último levantamento do Igarn, realizado em 17 de setembro, apontou que os 69 reservatórios monitorados acumulam, em média, 44,79% de sua capacidade. Destacam-se a barragem Armando Ribeiro Gonçalves (53,63%), Santa Cruz do Apodi (61,76%) e Umari (64,22%). Entretanto, outros reservatórios apresentam situação crítica, como Oiticica (14,46%), Itans (0,14%), Passagem das Traíras (0,03%) e Mundo Novo (1,69%).

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O cenário deve se agravar nos próximos meses, alerta o meteorologista Gilmar Bristot, da Emparn, que prevê baixa precipitação, altas temperaturas e alta evaporação no período de setembro a novembro. O Igarn informou que uma reunião está marcada para 16 de outubro para avaliar a eficácia das medidas e a recuperação hídrica. Caso a situação não melhore, novas restrições poderão ser implementadas, mantendo a atenção sobre o abastecimento da região do Vale do Açu.

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