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As mulheres na educação: quando a desvalorização do ensino básico também é uma questão de gênero

O Brasil tem mais de 2,3 milhões de professores na educação básica, dos quais 1,8 milhão são mulheres. Elas representam praticamente 80% da categoria. É impossível, portanto, pensar os desafios da carreira docente sem tratar dessa questão. Essa discussão foi feita recentemente pelo podcast Folha na Sala, em que Márcia Ondina, professora da UFPel, analisou como a presença massiva de mulheres na sala de aula se relaciona com variados aspectos históricos, sociais e econômicos.

Um dos maiores desafios da carreira docente se encontra na remuneração. Quem leciona no ensino básico, hoje, recebe em média 82,5% de outros profissionais de nível superior. Vale constar que o Plano Nacional de Educação estabeleceu que até este ano de 2024, já devia haver uma equiparação entre essas médias salariais, o que não acontece.

Esse problema perpassa toda a carreira: no geral, um professor, quando se aposenta, não ganha nem 50% mais do que ganhava ao ingressar na profissão. O que mostra que, mesmo com a elevação inicial trazida por instrumentos como a Lei do Piso, há poucos mecanismos para potencializar a renda do professor durante a carreira. Muitos estados, por exemplo, utilizam apenas o tempo de serviço para contabilizar melhorias salariais, o que desmotiva muitos professores e explica a evasão que a profissão tem sofrido.

É mais do que urgente discutir o problema do professorado brasileiro. Trata-se de uma profissão em que a política pública, quando voltada a ela, ameniza ou melhora questões não somente de ordem profissional, mas também de gênero, pelos fatores colocados acima. Discutir esse problema é fazer algo tanto pela juventude, como pelas mulheres e pelo país. No entanto, ainda estamos longe de ver solução para essas contradições.

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