Os senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos), representantes do Rio Grande do Norte no Senado Federal, estão entre os 41 parlamentares que assinaram o pedido de abertura de processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A movimentação faz parte da estratégia da ala bolsonarista no Congresso, que pressiona pelo afastamento do ministro, acusado de “crimes de responsabilidade” por parlamentares alinhados à oposição.
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A iniciativa ganhou força nesta quarta-feira (7), com a divulgação de uma imagem pelos próprios senadores aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A arte mostra os rostos e nomes dos 40 senadores que apoiam a abertura do processo, sendo necessária apenas mais uma assinatura para alcançar o número mínimo de 41 — maioria absoluta da Casa — exigido para que o pedido avance para deliberação do plenário.
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O senador Rogério Marinho, líder da oposição, celebrou o avanço da proposta. Em declaração pública, afirmou:
“Nós queremos comunicar ao Brasil que há pouco conseguimos a 41ª assinatura que requer a abertura do processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, pelos crimes de responsabilidade praticados. O Senado, na sua maioria, entendeu que há necessidade da abertura desse processo. Para nós, é uma vitória, porque mostra que mesmo num Senado com maioria de adeptos do governo, prevaleceu o Brasil brasileiro. Nós temos assinaturas de senadores de nove partidos diferentes. Eu acho uma vitória extraordinária do povo brasileiro.”
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Já o senador Styvenson Valentim, que também figura na lista dos apoiadores da proposta, não se pronunciou publicamente até o momento.
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A ofensiva bolsonarista
A articulação é liderada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ) e reúne nomes da oposição ao governo Lula, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Marcos Pontes (PL-SP), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Sergio Moro (União Brasil-PR). O pedido de impeachment é visto como parte da tática de obstrução legislativa adotada pela base bolsonarista, que busca desgastar o STF e o Executivo federal.
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Caso o processo avance, serão necessários 54 votos (dois terços do Senado) para que Alexandre de Moraes seja efetivamente afastado do cargo.
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Apesar do número expressivo de assinaturas, o andamento do pedido ainda depende da decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que até o momento tem evitado pautar pedidos de impeachment de ministros do STF.
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