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Exportações potiguares crescem 42,9% em julho


O Rio Grande do Norte registrou um salto expressivo nas exportações em julho deste ano, movimentando US$ 57,6 milhões, alta de 42,9% em relação ao mesmo mês de 2024 (US$ 40,3 milhões). Apesar do bom desempenho mensal, o acumulado de janeiro a julho de 2025 apresenta retração de 3,6% frente ao ano passado – US$ 549 milhões contra US$ 569,6 milhões em igual período de 2024.

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Os dados constam no Boletim da Balança Comercial do RN, divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que aponta também crescimento de 13,5% na movimentação total da balança comercial potiguar (soma das exportações e importações) no comparativo dos sete primeiros meses de cada ano.

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O superávit de julho – diferença entre exportações e importações – foi de US$ 20,3 milhões, resultado de exportações de US$ 57,6 milhões contra importações de US$ 37,3 milhões. No mês, foram movimentados US$ 94,6 milhões em transações comerciais com o exterior.

Entre os produtos vendidos pelo estado, o óleo combustível liderou a pauta, com US$ 25,3 milhões. Em seguida vieram o bulhão dourado (US$ 11,7 milhões), açúcar de cana (US$ 2,1 milhões), mamão fresco (US$ 2 milhões) e sal marinho (US$ 1,8 milhão).

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Tarifaço de Trump e novos mercados

O secretário-adjunto da Sedec, Hugo Fonseca, atribui o bom resultado de julho a dois fatores: a antecipação de compras por importadores norte-americanos diante do tarifaço de 50% anunciado pelo governo de Donald Trump sobre produtos brasileiros – medida que entrou em vigor no dia 6 de agosto – e a diversificação de mercados.

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“Isso fez com que alguns importadores de lá antecipassem compras aqui no RN, mas o outro fator que nos dá certa segurança é a diversificação da balança. De junho para cá, começamos a exportar para novos mercados, como Portugal e China, o que contribuiu para o superávit registrado como um todo”, afirmou.

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Já o titular da Sedec, Alan Silveira, afirma que a variação nos resultados acompanha o ritmo de produção dos setores exportadores. Segundo ele, a fruticultura, por exemplo, cresce apenas no segundo semestre, e por isso o tarifaço americano ainda não influenciou diretamente os números.

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“O Governo do Estado tomou medidas como compensação financeira para exportações, aumento das isenções pelo Proedi e está planejando a abertura de novos mercados. Há também estudos para novos projetos que serão apresentados à governadora e medidas de estímulo à comercialização interna”, disse.

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O desempenho exportador do RN em 2025 teve seu pico em janeiro (US$ 112,3 milhões), seguido de fevereiro (US$ 107,7 milhões). Março marcou a primeira grande queda do ano (US$ 70,5 milhões), com abril (US$ 76,8 milhões) e maio (US$ 77 milhões) em estabilidade. Junho registrou nova retração (US$ 47,1 milhões), recuperando-se em julho.

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O Panamá foi o principal destino das exportações potiguares em julho (US$ 25,3 milhões), seguido por Canadá (US$ 12,1 milhões), Estados Unidos (US$ 6,2 milhões), Portugal (US$ 1,7 milhão) e China (US$ 1,6 milhão). Juntos, esses países responderam por 81,4% do total exportado.

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Nas importações, os destaques foram gasolina (US$ 7,2 milhões), trigo e misturas com centeio (US$ 3,1 milhões) e hulha betuminosa (US$ 2 milhões). Os principais fornecedores foram Estados Unidos (US$ 10,7 milhões), China (US$ 10,2 milhões), Argentina (US$ 3,9 milhões), Colômbia (US$ 2,6 milhões) e Espanha (US$ 2,2 milhões), que juntos representaram 79,3% do total importado.

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No acumulado de janeiro a julho, a movimentação total da balança comercial potiguar chegou a US$ 815,3 milhões.

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*Com informações da Tribuna do Norte

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