A partir desta segunda-feira (1º), os planos de saúde no Brasil são obrigados a oferecer cobertura para o implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, conhecido como Implanon. A medida foi determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em decisão publicada em agosto e beneficia mulheres entre 18 e 49 anos, como forma de prevenção à gravidez não planejada.
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O dispositivo, aplicado sob a pele, tem duração de até três anos e é considerado altamente eficaz. Após esse período, deve ser retirado e, caso haja interesse, pode ser substituído por um novo implante imediatamente. De acordo com o Ministério da Saúde, a fertilidade retorna rapidamente após a retirada.
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Em julho, a pasta já havia anunciado que o Sistema Único de Saúde (SUS) também passará a disponibilizar o método. O governo federal prevê a distribuição de 1,8 milhão de implantes até 2026, sendo 500 mil ainda este ano, com investimento de cerca de R$ 245 milhões. Atualmente, o custo do dispositivo no mercado varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
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Além de prevenir gestações indesejadas, a ampliação do acesso a métodos contraceptivos está ligada a metas estratégicas do Ministério da Saúde. A pasta reforça que a iniciativa contribui para a redução da mortalidade materna, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O compromisso assumido pelo governo é de reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% a mortalidade materna entre mulheres negras até 2027.
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Atualmente, entre os contraceptivos oferecidos no SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como Larc (sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração). Esses métodos se destacam pela eficácia, já que não dependem do uso contínuo ou correto pela paciente, como acontece com anticoncepcionais orais ou injetáveis.
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