A Secretaria Municipal de Saúde de Natal publicou nesta quinta-feira (4), no Diário Oficial do Município (DOM), a Portaria nº 116/2025, assinada pelo titular da pasta, Geraldo Pinho, que revoga nomeações anteriores e designa novos diretores médicos e responsáveis técnicos em hospitais, maternidades, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A medida ocorre em meio à greve dos médicos da rede municipal, iniciada nesta semana.
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Entre os exonerados estão Francisca de Assis Silva (UPA Esperança), Hélida Maria Bezerra (UPA Satélite), Diego Viana Barreto (UPA Potengi), Larissa Eulália Maia de Abrantes (UPA Pajuçara), além de gestores do Hospital Municipal de Especialidades (Hospesc), da Maternidade Araken Irerê Pinto e da Maternidade Leide Morais.
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No Hospital Municipal, o diretor-geral será Fernando Claudino dos Santos Filho, e Giordano Bruno Souza dos Santos assume como diretor médico. A Maternidade Araken Irerê Pinto terá Ítalo Gadelha de Lucena como diretor-geral e Brena Meireles Lima Torres como diretora médica. O Hospesc mantém Maria de Fátima Pereira Pinheiro na direção-geral, com Leonardo Ribeiro Costa como diretor médico. No SAMU, a direção-geral ficará com Louise Christine Seabra de Melo, e André Felipe Baumgartner Fernandes de Barros assumirá como diretor médico.
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Nas UPAs, os novos diretores serão:
- UPA Esperança: Luiz Eduardo Oliveira Forte Ferreira de Souza
- UPA Satélite: Ramon Suassuna Barreto Sotero Rosa
- UPA Pajuçara: Luiz Arthur Paiva Campos
- UPA Potengi: Francisco Denis de Lima Sarmento
A Unidade Mista de Mãe Luiza passará a ser comandada por Marcelo Marques Fernandes.
Contexto da greve
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A mudança nas direções ocorre em meio a uma greve dos médicos que teve início em 1º de setembro, após aprovação em assembleia do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN). O movimento protesta contra a substituição da Cooperativa Médica do RN (Coopmed-RN) por duas empresas terceirizadas — Justiz e Proseg — em um processo de dispensa de licitação estimado em R$ 208 milhões para um ano de prestação de serviços.
O Sinmed-RN alega que os contratos com as novas empresas são ilegais e orienta médicos a não trabalharem para elas, enquanto a Prefeitura afirma ter obtido aval judicial em segunda instância para seguir com a contratação, após questionamentos e pedido de republicação do edital.
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A Secretaria Municipal de Saúde condena a greve, acusando o sindicato de promover um “movimento irresponsável” que exerce “coação” sobre médicos dispostos a migrar para os novos contratos, prejudicando o atendimento à população. Segundo o secretário Geraldo Pinho, médicos estariam sendo ameaçados com possíveis retaliações junto ao Conselho Regional de Medicina (Cremern) caso interrompam a paralisação.
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A Prefeitura também destacou que os novos contratos corrigem a precariedade jurídica da Coopmed, que atuava sem contrato formal desde junho de 2023.
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