O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instaurou um inquérito civil para apurar a crise na saúde pública de Natal, com foco nos serviços de alta complexidade. A investigação foi motivada por notícias veiculadas na imprensa e ofícios da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, que relataram suspensão de cirurgias e falhas nas escalas de plantão médico.
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O inquérito analisará os impactos da interrupção de procedimentos cirúrgicos em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), entre eles o Hospital Infantil Varela Santiago e a própria Liga Norte Riograndense Contra o Câncer. No início do mês, mais de 50 cirurgias foram suspensas no Hospital Infantil Varela Santiago por falta de médicos. A Liga Contra o Câncer também interrompeu cirurgias eletivas pelo mesmo motivo.
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Segundo o MPRN, a crise tem relação com mudanças promovidas pela Prefeitura de Natal no modelo de contratação de médicos terceirizados. Parte da categoria teria se recusado a assumir os atendimentos, o que resultou no cancelamento de dezenas de procedimentos. O objetivo da Promotoria é avaliar as consequências para os pacientes e verificar responsabilidades.
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal recebeu prazo de dez dias para informar se houve retomada dos procedimentos de alta complexidade e detalhar como está sendo feita a remuneração dos profissionais que atuam pelo SUS nas unidades conveniadas. Uma reunião para discutir o caso foi marcada para o dia 22 de setembro de 2025, com a participação do secretário municipal de Saúde e das três Promotorias de Justiça que atuam na defesa da saúde pública da capital.
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