Portal

ZN

Categoria: Crise na Saúde

  • Vacinação contra Covid para crianças até 12 anos está suspensa em Natal por falta de doses

    Vacinação contra Covid para crianças até 12 anos está suspensa em Natal por falta de doses

    A vacinação contra a Covid-19 para crianças até 12 anos está suspensa em Natal devido à falta de doses do imunizante, conforme confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O município enfrenta uma escassez do formato multidose do vacina, que é necessário para a imunização desse público.

    Atualmente, o estoque disponível consiste apenas em unidoses, que são doses pré-preenchidas e destinadas a pessoas acima de 12 anos. O município aguarda a reposição do formato multidose pelo Ministério da Saúde para retomar a vacinação para crianças.

    A falta de vacinas está afetando especialmente bebês e crianças entre 6 meses e 5 anos, faixa etária que recentemente passou a ter a imunização contra a Covid-19 incluída no calendário nacional de vacinação infantil.

    A situação tem gerado preocupação entre os pais e responsáveis. Ingrid Martins, auxiliar de cozinha, relatou sua frustração ao procurar a UBS São João, no bairro Tirol, e encontrar a vacina em falta. “Tá faltando essa e mais outra [tríplice viral]. É preocupante, são vacinas importantes para ele, que não tem a mesma imunidade da gente, adulto,” afirmou.

    O médico infectologista Igor Thiago Queiroz explicou a importância da vacinação, destacando que ela não só protege as crianças, mas também reduz a possibilidade de transmissão do vírus para parentes em grupos de risco. “Evita a transmissão para avós, tios, pais, responsáveis que possam ter o caso mais grave de Covid e tenham necessidade de internação,” disse.

    A SMS ainda não especificou desde quando o problema de falta de vacinas ocorre, mas reafirma que está aguardando o fornecimento do formato adequado para reestabelecer a vacinação infantil contra a Covid-19.

  • Pacientes com diabetes em Natal ficam sem acesso a insulina na rede pública

    Pacientes com diabetes em Natal ficam sem acesso a insulina na rede pública

    Desde o início de agosto, pacientes em Natal que sofrem de diabetes mellitus tipo 2 estão enfrentando dificuldades para acessar as insulinas análogas de ação prolongada na rede pública de saúde. Com a mudança nos protocolos seguidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Natal), muitos estão sendo obrigados a arcar com os custos desses medicamentos ou substituí-los por alternativas menos eficazes, como metformina, glimbenclamida, gliclazida, dapagliflozina, insulina NPH e insulina regular.

    A alteração segue os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde, que não inclui o uso de insulinas análogas no tratamento do diabetes tipo 2. Esse novo direcionamento começou a ser implementado neste mês, deixando muitos pacientes sem opções na rede pública. Aqueles que podem, como a aposentada Francisca Silva, de 77 anos, optaram por comprar as insulinas por conta própria, mesmo com os altos custos. “Eu posso pagar, mas tem muita gente que não consegue. E mesmo assim, é algo que pesa no orçamento”, relatou Francisca.

    A situação é ainda mais complicada para aqueles que dependem exclusivamente do SUS. Josafá Pereira, de 60 anos, que tem diabetes tipo 2, não consegue obter insulina na rede pública há três meses. Sua esposa, Escilda, compartilhou a dificuldade de arcar com os custos do tratamento, que chega a R$ 1.000 para as insulinas de melhor qualidade.

    Essa realidade é resultado de um acordo intermediado pelo Ministério Público, onde o Estado e o Município de Natal optaram por seguir os protocolos do Ministério da Saúde, que não contemplam o uso de insulinas análogas para diabetes tipo 2. Dessa forma, a oferta de insulinas regulares e NPH passou a ser responsabilidade do município, enquanto as insulinas análogas, agora sob responsabilidade do Estado, não estão disponíveis na Unicat, unidade responsável pela distribuição.

    A Sociedade Brasileira de Endocrinologista (SBEM/RN), por meio de seu presidente, Pedro Henrique Dantas, criticou a mudança. Ele ressaltou que as insulinas análogas são mais modernas e garantem uma melhor eficácia no tratamento do diabetes tipo 2, reduzindo riscos de complicações graves como infarto, AVC e perda da função dos rins.

    No entanto, além da mudança, a insulina análoga de ação prolongada está em falta na Unicat. A Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap) aguarda a finalização do processo licitatório por parte do Ministério da Saúde para normalizar a distribuição. Enquanto isso, os pacientes continuam sem acesso adequado ao tratamento, enfrentando incertezas e dificuldades financeiras para manter o controle da doença.

  • Unidade de Saúde em Natal enfrenta crise de infraestrutura; Vereador denuncia abandono

    Unidade de Saúde em Natal enfrenta crise de infraestrutura; Vereador denuncia abandono

    Na quinta-feira (8), o vereador de Natal e presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Luciano Nascimento (PSD), revelou a grave situação de uma unidade de saúde localizada no bairro de Nossa Senhora de Nazaré. Em um vídeo postado nas redes sociais, Nascimento mostrou as condições críticas do prédio, que apresenta diversas áreas interditadas devido ao teto desabando e às paredes deterioradas. Além disso, uma das caixas d’água está prestes a desabar.

    A unidade de saúde, segundo o vereador, está em um estado de “total abandono” e enfrenta um iminente risco de colapso. Nascimento, que visitou o local pessoalmente, relatou a falta de infraestrutura adequada para atender a população. Ele destacou a gravidade da situação e afirmou que tomará medidas imediatas para buscar soluções.

    “A situação das unidades de saúde em Natal é crítica. Hoje, tive a oportunidade de verificar de perto o que está acontecendo no bairro Nazaré. Como presidente da Comissão de Saúde, encontrei um cenário de total abandono”, afirmou Nascimento. Ele planeja enviar ofícios e relatórios à Secretaria Municipal de Saúde e à Prefeitura, além de considerar ações judiciais para garantir melhorias na saúde pública da cidade.

    Até o fechamento desta matéria, a Secretaria de Saúde de Natal não havia se pronunciado sobre a denúncia do vereador. A comunidade aguarda uma resposta das autoridades para solucionar os problemas críticos enfrentados pela unidade de saúde e assegurar condições adequadas para o atendimento da população.

  • Fechamento do CAPS III da ZL de Natal gera repercussão e mobilização popular

    Fechamento do CAPS III da ZL de Natal gera repercussão e mobilização popular

    O fechamento do Centro de Atenção Psicossocial Dr. André Luís (CAPS III da Zona Leste) em Natal tem gerado grande repercussão e mobilização entre a população. A decisão da Prefeitura de encerrar as atividades da unidade, que atendia cerca de 2 mil pessoas, tem sido alvo de críticas e protestos.

    Para discutir o assunto e buscar soluções, a Câmara Municipal de Natal realizará uma audiência pública nesta quinta-feira, 8 de agosto. A iniciativa é do vereador Daniel Valença (PT), que defende a reabertura imediata do CAPS, destacando a urgência do atendimento contínuo para os usuários.

    “São pessoas em sofrimento psíquico que precisam de acompanhamento contínuo e não podem ser abandonadas,” afirma o vereador. Valença enfatiza a importância do CAPS para a saúde mental dos pacientes, muitos dos quais têm enfrentado dificuldades em encontrar medicamentos e notaram a piora de seus quadros clínicos desde o fechamento da unidade.

    A Secretaria Municipal de Saúde justificou a medida alegando problemas estruturais no prédio do CAPS III e a necessidade de realocar os serviços para outros locais. No entanto, essa justificativa não tem sido suficiente para tranquilizar os usuários e seus familiares, que temem pela continuidade do tratamento e pelo acesso adequado aos serviços de saúde mental.

    Os usuários do CAPS III relatam um impacto significativo em suas vidas desde o fechamento da unidade. A falta de acesso aos medicamentos e ao acompanhamento regular tem levado à piora de muitos casos. Para muitos, o CAPS representava um suporte crucial no manejo de suas condições de saúde mental.

    A mobilização popular em torno da reabertura do CAPS III tem ganhado força, com manifestações e protestos organizados por usuários, familiares e profissionais de saúde. Eles argumentam que a reabertura da unidade é vital para garantir o atendimento adequado e contínuo aos pacientes em sofrimento psíquico.

    A audiência pública na Câmara Municipal é vista como uma oportunidade crucial para que as vozes dos usuários e seus defensores sejam ouvidas. A expectativa é que a discussão leve a soluções concretas que possam garantir a reabertura do CAPS III e a continuidade dos serviços essenciais prestados pela unidade.