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SaúdeDaniel Valença propõe política de desinstitucionalização para pessoas em internação psiquiátrica

Daniel Valença propõe política de desinstitucionalização para pessoas em internação psiquiátrica

Um projeto de lei apresentado pelo vereador Daniel Valença (PT) propõe a criação da Política Municipal de Desinstitucionalização em Natal, com o objetivo de garantir o direito à convivência familiar e comunitária de pessoas submetidas a longas internações psiquiátricas, seja por razões clínicas ou decisões judiciais, como medidas de segurança ou internações compulsórias.

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Se aprovado, o projeto deverá orientar a elaboração e execução de programas de reinserção social, além de avaliar, intervir e fomentar serviços de moradia assistida, como os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs). Atualmente, Natal conta com três residências terapêuticas, todas administradas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), destinadas a pacientes que tiveram longos períodos de internação e cujos vínculos familiares foram rompidos.

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A proposta também prevê a criação de uma Equipe Municipal de Desinstitucionalização, composta por representantes da saúde, assistência social, direitos humanos e do Poder Judiciário, responsável pelo acompanhamento e monitoramento das saídas dos pacientes.

A iniciativa está inserida na Política Municipal de Atenção Integral à Saúde Mental, que visa estabelecer condições de acolhimento e atenção que assegurem acesso universal, equitativo e integral aos usuários e familiares atendidos na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Caso aprovada, a política será financiada pelo Orçamento Geral do Município e pelo Fundo Municipal de Saúde.

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O projeto estabelece ainda que toda internações psiquiátricas involuntárias devem ser comunicadas, no prazo de 72 horas, ao Ministério Público Estadual e à Defensoria Pública, procedimento que também deverá ser adotado no momento da alta.

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Para o vereador Daniel Valença, a desinstitucionalização é um dos pilares da política de saúde mental, que se baseia nos principais conceitos da luta antimanicomial: combater estigmas em torno do adoecimento mental, defender o cuidado em liberdade, promover a humanização do tratamento e reconhecer pessoas com transtornos mentais como sujeitos de direito e políticos.

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“O atual projeto de lei foi construído em diálogo aberto e constantes consultas aos trabalhadores, usuários, militantes e intelectuais que dedicam sua vida para termos uma sociedade mais baseada no respeito das pessoas que fazem tratamento psiquiátrico, assim como o desenvolvimento de técnicas e tecnologias de cuidado humanizado, que respeitem as individualidades, as histórias de vida e combatam os estigmas e preconceitos que rondam o adoecimento mental”, afirma Valença.

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A proposta ainda será analisada e votada pelos vereadores da capital potiguar, podendo se tornar um marco na proteção dos direitos e na humanização do cuidado de pessoas com transtornos mentais em Natal.

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