A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), assinou nesta semana a Carta de Coalizão dos Projetos-Piloto de Eólicas Offshore no Brasil, iniciativa proposta pela Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica). O documento também recebeu a adesão dos governadores Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro.
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A assinatura ocorreu durante a Feira Brazil Windpower, em São Paulo, o maior evento de energia eólica da América Latina. Neste ano, o tema central foi “COP30 e o papel da energia eólica: Acelerando a descarbonização da economia”, reforçando o compromisso dos estados com a transição energética e o desenvolvimento sustentável.
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A coalizão une três projetos-piloto distintos: a construção de uma torre com plataforma fixa no Porto de Areia Branca (RN), uma plataforma em águas profundas próxima ao porto de Rio Grande (RS) e uma plataforma fixa no Porto do Açu (RJ). O objetivo é articular esforços conjuntos e facilitar o apoio de órgãos federais, como os ministérios de Minas e Energia e da Pesca, além do Ibama, para acelerar os estudos e licenças necessárias.
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Segundo a ABEEólica, a parceria entre os três estados é estratégica para o avanço das energias limpas no Brasil, e a carta destaca a necessidade de utilizar tecnologias avançadas para garantir uma implantação segura, eficiente e ambientalmente responsável dos projetos em alto-mar.
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Líder nacional em geração de energia eólica, o Rio Grande do Norte responde por 32% da produção brasileira e tem uma matriz elétrica composta por 98% de fontes renováveis, o que consolida o estado como referência em sustentabilidade energética. Atualmente, o RN conta com 403 empreendimentos em operação, totalizando 11,8 GW de potência outorgada, e novos investimentos que devem acrescentar 3 GW à capacidade instalada.
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Com 309 usinas eólicas em funcionamento, concentradas principalmente nos polos de João Câmara, Parazinho, Pedro Avelino e Jandaíra, o estado agora se prepara para dar o próximo passo na geração offshore, explorando o potencial dos ventos no mar e ampliando ainda mais sua liderança no setor energético brasileiro.





