Rafael Alves Bezerra da Silva, agente comunitário e assistente social, relata estar enfrentando assédio moral e perseguição por parte da direção da Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na Redinha, zona norte de Natal. Após denunciar casos de negativa de atendimento e descumprimento de horários por parte de alguns profissionais, com a conivência da diretora da unidade, Shirlane Raposo, Rafael foi remanejado para o bairro Gramoré, em uma ação que ele afirma ser uma retaliação.
Rafael expressa: “Eu reclamei das situações em que o atendimento estava sendo negado e os horários não estavam sendo cumpridos por alguns servidores, e inclusive denunciei porque a diretora é conivente com essas práticas.” Ele acrescenta: “E então, ela, em conjunto com o Distrito Sanitário Norte I, me transferiu da UBS, mesmo sendo um servidor com avaliação de desempenho excelente, inclusive feita por ela. Portanto, não há motivos para isso.”
Nesta quinta-feira (02), o Conselho Comunitário local se uniu a Rafael em um ato político contra sua transferência da UBS da Redinha. A manifestação teve início em frente ao Rede Mais do Bairro e seguiu até a sede do Conselho. Rafael denuncia: “É uma retaliação, um verdadeiro assédio. Eu estava até iniciando um processo por assédio contra ela, pois fui constrangido e recebi gritos dentro da unidade, além de ter sido proibido de estacionar minha moto lá. E agora, ela tomou essa medida extrema de me transferir da unidade.”
Rafael atua na UBS da Redinha desde 2020 e foi responsável pela oficina do programa de saúde integral LGBT nas UBS, desempenhando um papel fundamental para a comunidade LGBT local. Segundo ele, nem a diretora Shirlane Raposo, nem a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) forneceram uma justificativa para essa transferência, que implica uma distância de quase 7 quilômetros entre as duas unidades.
Deixe um comentário