Os ventos intensos que marcam o período entre agosto e outubro no litoral do Rio Grande do Norte estão provocando transtornos em diferentes pontos da Grande Natal. O fenômeno, comum nesta época do ano, tem espalhado areia sobre vias e calçadões, transformando o cenário em risco para motoristas, motociclistas e pedestres.
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Na manhã desta segunda-feira (6), uma professora caiu da moto que pilotava ao derrapar na areia acumulada sobre o asfalto da Avenida Litorânea, na praia da Redinha Nova, em Extremoz. O local vem sendo um dos mais afetados pela invasão de areia trazida pelo vento, que constantemente cobre a pista e dificulta o tráfego.
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Moradores relatam que o problema é recorrente e que acidentes como o da professora acontecem com frequência. Mesmo após limpezas realizadas pelo poder público, o vento volta a cobrir o asfalto em poucos dias.
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O Departamento de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Norte (DER-RN) informou que está ciente da situação e que realiza ações periódicas de retirada da areia. A última limpeza aconteceu na quinta-feira passada, mas, segundo o órgão, uma nova equipe será enviada nos próximos dias para reforçar o trabalho. “Os ventos fortes fazem com que a areia volte rapidamente à pista, exigindo manutenção constante”, explicou o DER em nota.
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Na capital potiguar, a Praia do Forte enfrenta o mesmo desafio. A areia vinda da faixa litorânea cobre o calçadão e chega a invadir parte da pista, especialmente no trecho entre a Praça da Bíblia e as quadras esportivas próximas ao viaduto de Santos Reis.
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O acúmulo tem gerado preocupação entre comerciantes da região, que relatam prejuízos e redução no movimento de clientes.
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A Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) informou que realiza limpeza manual todos os dias e mecanizada semanalmente na área. Com o aumento da intensidade dos ventos nos últimos meses, o órgão reforçou as equipes de varrição e retirada de areia para manter o espaço limpo e seguro para pedestres e ciclistas.
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De acordo com a Urbana, o serviço será intensificado durante todo o mês de outubro, período em que o vento tende a soprar com mais força na faixa litorânea.
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A situação nas praias da Grande Natal é reflexo direto das condições climáticas típicas do segundo semestre, quando as rajadas de vento ultrapassam os 50 km/h. O fenômeno natural, somado à falta de barreiras vegetais em alguns trechos, facilita o deslocamento da areia das dunas para as áreas urbanas.