Um júri popular realizado nesta quinta-feira (18), em Natal, condenou Victor Wander Ribeiro de Souza Silva a 20 anos e dois meses de reclusão pelo assassinato e decapitação de seu próprio pai, Wanderly Ribeiro de Souza, ocorrido em novembro de 2024 no conjunto Potilândia, bairro Lagoa Nova, zona Sul da capital potiguar.
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A condenação incluiu o crime de homicídio duplamente qualificado, devido ao uso de meio cruel e à impossibilidade de defesa da vítima. Além disso, o réu recebeu penas adicionais por vilipêndio a cadáver e resistência, totalizando mais um ano, seis meses e 22 dias de detenção, além de 44 dias-multa.
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O conselho de sentença considerou que o crime ocorreu em praça pública e em plena luz do dia, expondo terceiros ao risco e aumentando a gravidade do ato. A pena também foi agravada pelo fato de a vítima ser idosa.
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O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) desenvolveu a acusação com base nos elementos de prova coletados durante o inquérito policial e a instrução processual. Após a denúncia e a fase de pronúncia, o caso foi submetido ao Tribunal do Júri, órgão competente para julgar crimes dolosos contra a vida.
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Victor já estava preso preventivamente e deverá cumprir a pena em regime inicial fechado, com execução imediata da condenação.
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Relembre o caso
O crime ocorreu no dia 19 de novembro de 2024, quando Victor atacou o próprio pai a facadas. Após a morte, ele decapitou a vítima em uma praça pública e carregou a cabeça até o túnel da Universidade Federal do RN (UFRN), dentro de uma mochila.
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Durante a ocorrência, o homem foi baleado por policiais militares acionados para atender a situação. Antes de ser alvejado, Victor teria acendido fogos de artifício e apontado em direção aos policiais. Além da arma branca utilizada no homicídio, ele portava um galão com gasolina.
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Após ser atingido na perna, Victor foi conduzido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber atendimento médico.
