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Ligação muda: tática usa IA e capta sua voz para aplicar golpes


Golpes que utilizam simulação de voz deixaram de ser um problema restrito à área de cibersegurança e começam a se popularizar no mundo dos crimes comuns, alertam especialistas. Segundo Hiago Kin Levi, presidente do Instituto Brasileiro de Resposta a Incidentes Cibernéticos, criminosos com conhecimentos tecnológicos limitados já têm capacidade de replicar vozes por meio de inteligência artificial.

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A técnica é conhecida como engenharia social e não exige muita interação com a vítima. De acordo com Anderson Leite, pesquisador de segurança da Kaspersky, “com apenas alguns segundos de gravação de áudio, é possível gerar uma cópia convincente da voz de uma pessoa e utilizá-la em golpes”. Essa facilidade aumenta os riscos de fraudes por telefone, tornando as chamadas cada vez mais perigosas.

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Para se proteger, especialistas recomendam algumas medidas simples: programar o celular para receber chamadas apenas de números conhecidos, disponível em Android e iPhone, e aguardar ligações suspeitas em silêncio, sem atender ou confirmar informações. A Polícia Civil de São Paulo reforça que nenhum dado sensível deve ser fornecido em chamadas suspeitas, mesmo que a voz do interlocutor pareça familiar.

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Hiago Kin alerta ainda que as IAs evoluíram a ponto de conseguir pronunciar nomes das vítimas e criar mensagens com voz humanizada, o que exige cautela redobrada. A orientação é manter atenção, não se deixar levar pela familiaridade da voz e adotar ferramentas de bloqueio e verificação antes de qualquer interação telefônica.

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