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Mais de 380 mil famílias do RN serão contempladas com o programa Gás do Povo

Mais de 380 mil famílias potiguares terão acesso gratuito ao botijão de gás de cozinha por meio do programa Gás do Povo, lançado nesta quinta-feira (4) pelo governo federal em cerimônia realizada em Belo Horizonte (MG). A medida é considerada estratégica para combater a chamada “pobreza energética”, realidade de milhares de famílias brasileiras que ainda recorrem à lenha, álcool ou carvão por não conseguirem arcar com o custo do botijão.

O Rio Grande do Norte está entre os estados mais beneficiados, já que, segundo o governo, a cobertura do programa alcançará famílias em todos os municípios potiguares, com prioridade para aquelas já atendidas pelo Bolsa Família. Em todo o Brasil, serão 15,5 milhões de famílias contempladas, representando cerca de 50 milhões de pessoas.

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O Gás do Povo será destinado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759). O governo estabeleceu regras específicas para dimensionar o repasse:

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  • Famílias com 2 integrantes terão direito a até 3 botijões por ano;
  • Famílias com 3 integrantes poderão receber até 4 botijões anuais;
  • Famílias com 4 ou mais integrantes terão acesso a até 6 botijões por ano.

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A gratuidade será concedida no momento da compra, diretamente nas revendas credenciadas. Para evitar fraudes e intermediários, o governo criou um vale digital, que será validado eletronicamente. Toda a operação ficará sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que também administra o Bolsa Família.

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Fim do Auxílio Gás e início de uma nova etapa

O Gás do Povo substitui o Auxílio Gás, criado em 2021, que alcançava pouco mais de 5,13 milhões de famílias no país. A diferença central está na forma de entrega: se antes o beneficiário recebia um valor em dinheiro para comprar o botijão, agora o produto será entregue diretamente, garantindo que o recurso seja utilizado exatamente para a finalidade prevista.

De acordo com o governo, essa mudança também deve gerar maior eficiência e segurança na aplicação dos recursos. A meta é que até março de 2026 todas as famílias elegíveis já estejam incluídas no programa. A estimativa é de uma distribuição de 65 milhões de botijões por ano.

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Para viabilizar a operação, o governo federal prevê um investimento de R$ 3,57 milhões ainda em 2025, com expansão progressiva nos anos seguintes. Em 2026, os recursos destinados ao programa devem chegar a R$ 5,1 bilhões.

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A justificativa para o investimento se apoia em dados econômicos: o preço médio do botijão de gás representa hoje cerca de 10% do salário mínimo, comprometendo uma parcela significativa da renda das famílias mais pobres.

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que o Gás do Povo se soma às políticas de combate à fome e busca garantir dignidade no dia a dia das famílias em situação de vulnerabilidade.

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“O Gás do Povo combate a pobreza energética, garante alívio no orçamento das famílias que mais precisam e ainda protege a saúde, principalmente de mulheres e crianças, que utilizam a lenha, álcool e outros materiais inflamáveis e tóxicos. Portanto, é um dos programas sociais mais importantes e completos do nosso governo, cuidando diretamente das pessoas”, afirmou.

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O governo também destacou que o uso de alternativas precárias de combustíveis, como a lenha, tem provocado problemas de saúde, principalmente doenças respiratórias, além de riscos de acidentes domésticos.

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No caso do Rio Grande do Norte, onde mais de 380 mil famílias serão beneficiadas, o impacto será significativo. Segundo dados da própria gestão federal, a proporção de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza é mais alta no estado em comparação à média nacional, e o custo do gás de cozinha é sentido de forma mais intensa no orçamento familiar.

Em áreas rurais e periferias de cidades como Natal, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros, ainda é comum que famílias utilizem a lenha como principal fonte de energia para cozinhar. Com a chegada do Gás do Povo, espera-se que essas práticas diminuam, reduzindo riscos à saúde e ao meio ambiente.

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Além do alcance social, o Gás do Povo também se insere no campo da política. O lançamento em Belo Horizonte, cidade estratégica no cenário eleitoral, mostra a intenção do governo em marcar presença em pautas de grande apelo popular, reforçando a narrativa de combate à desigualdade social.

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