A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou nesta segunda-feira (20) a segunda fase da Operação Território Seguro, que resultou no bloqueio judicial de cerca de R$ 1 milhão em contas de integrantes de uma facção criminosa investigada no estado. A ação tem como objetivo descapitalizar organizações criminosas, dificultando o financiamento de atividades ilícitas como tráfico de drogas, compra de armas e logística operacional.
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Na primeira fase, realizada no dia 15 de outubro, 32 pessoas foram presas, principalmente na Zona Oeste de Natal, e foram apreendidos mais de 3 kg de drogas (maconha e cocaína), quatro armas de fogo, mais de 100 munições, R$ 1.804 em dinheiro, além de equipamentos possivelmente de uso institucional, incluindo roupa operacional de força de segurança.
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Segundo a Polícia Civil, a segunda fase incluiu ordens judiciais de bloqueio de valores junto a instituições financeiras, atingindo aproximadamente R$ 1 milhão em contas bancárias de investigados.
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“A medida tem como objetivo asfixiar o núcleo financeiro e logístico dos grupos investigados, impedindo movimentações que possam financiar armas, drogas, veículos, insumos e outras atividades ilícitas”, afirmou a corporação.
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A operação é conduzida conjuntamente pela Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) e pela Delegacia Especializada na Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), com apoio operacional da 25ª Delegacia de Polícia de Nísia Floresta, e conta com ações integradas de forças estaduais e federais. Também participa o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRN).
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Ao todo, 83 equipes e mais de 330 profissionais atuaram na operação, envolvendo Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica, Polícia Penal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público Estadual, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão na capital, Região Metropolitana e interior do estado. A atuação incluiu, pela primeira vez, o uso simultâneo de dois helicópteros do Governo do Estado nas diligências.
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A Polícia Civil reforçou que a Operação Território Seguro é permanente e interinstitucional, com foco em neutralizar o patrimônio, enfraquecer financeiramente e reduzir a capacidade operacional de organizações criminosas que atuam no Rio Grande do Norte. As diligências seguem sob sigilo judicial, garantindo a efetividade das medidas e a continuidade das investigações.
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