Os policiais civis do Rio Grande do Norte optaram por encerrar a greve nesta quinta-feira (25), que teve início na terça-feira (23), após aceitarem a proposta do governo do RN em uma nova rodada de negociações.
Consequentemente, o Sindicato de Policiais Civis do RN (Sinpol) anunciou que as delegacias do estado retornarão ao expediente normal a partir desta sexta-feira (26). As delegacias de Plantão das zonas Sul e Norte também retomarão suas atividades ainda na noite de quinta-feira (25), de acordo com o Sinpol.
Entretanto, o Sinpol afirmou que as diárias operacionais de serviço extraordinário permanecerão suspensas até que o acordo com o Executivo seja finalizado e assinado, o que, segundo o presidente do Sinpol, Nilton Arruda, tem impacto negativo nas delegacias regionais em todo o estado.
Durante as negociações, os policiais civis buscavam um reajuste salarial de 10%. O acordo alcançado com o governo foi de aproximadamente 9% de reajuste para os policiais mais antigos e de 6% para os recém-ingressos.
“Nossa proposta prevê um reajuste médio de 7% para as classes policiais”, explicou o presidente do Sinpol, Nilton Arruda.
O acordo foi selado após uma reunião com o secretário de Segurança e Defesa Social do RN, Coronel Francisco Araújo, e outros representantes do governo. Posteriormente, em assembleia realizada à tarde, a categoria aprovou a proposta.
Além disso, o retorno ao trabalho foi condicionado à promessa de implementação do auxílio-alimentação.
“Todas as outras categorias de segurança recebem auxílio-alimentação. A única que não recebe é a Polícia Civil. Buscamos um tratamento equitativo para poder aceitar o acordo que nos foi proposto hoje”, afirmou Nilton.
Durante os dias de greve, as delegacias do Rio Grande do Norte permaneceram fechadas, com exceção de algumas delegacias de plantão.
Na quarta-feira (24), a Justiça do Rio Grande do Norte havia ordenado o retorno imediato dos policiais civis, atendendo a um pedido do Ministério Público. A greve por parte da Polícia Civil ou de qualquer profissional de carreira policial é considerada inconstitucional, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2017.
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