O Rio Grande do Norte consolidou novas ações para impulsionar o setor de energias renováveis durante a Brazil Windpower 2025, maior evento de energia eólica da América Latina, que ocorre até esta quinta-feira (30), em São Paulo. Líder nacional na geração eólica, responsável por 32% da produção do país, o estado firmou parcerias estratégicas voltadas ao desenvolvimento da eólica offshore, à inovação tecnológica e à qualificação profissional.
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Na abertura do evento, a governadora Fátima Bezerra destacou o papel do Rio Grande do Norte na transição energética e na construção de uma economia de baixo carbono.
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“Estamos vivenciando um momento estratégico que antecede a COP30. O Brazil Windpower reforça o protagonismo da energia eólica na construção de uma economia mais sustentável e de baixo carbono”, afirmou a governadora.
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Durante o encontro, Fátima participou da assinatura da Carta de Coalizão dos Projetos-Piloto de Eólicas Offshore no Brasil, ao lado de representantes da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e dos governadores do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. A iniciativa busca fortalecer o desenvolvimento da tecnologia offshore no país e promover a geração de empregos em novos empreendimentos.
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A coalizão reúne três projetos-piloto distintos: uma torre com plataforma fixa no Porto de Areia Branca (RN), uma plataforma em águas profundas no porto de Rio Grande (RS) e uma estrutura fixa no Porto do Açu (RJ). A integração das iniciativas tem como objetivo facilitar o apoio de órgãos federais, como os ministérios de Minas e Energia e da Pesca, além do Ibama, agilizando estudos e processos de licenciamento.
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O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SEDEC/RN), Alan Silveira, ressaltou o impacto estratégico da medida:
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“Fortalece os projetos e amplia o trabalho e a parceria para captação de recursos. Temos trabalhado outros projetos para estimular o setor, como o Porto Indústria Verde e o de eficiência energética”, afirmou.
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Além das articulações políticas e institucionais, o evento também marcou a assinatura de um termo de cooperação entre o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern). O acordo prevê a instalação de uma base tecnológica em Areia Branca voltada à pesquisa e à formação de profissionais para o setor eólico.
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“Imagine o ganho disso para Areia Branca, para o Rio Grande do Norte, o Nordeste e o Brasil”, destacou Fátima Bezerra, ao comentar o impacto regional do empreendimento.
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O diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello, lembrou que o Rio Grande do Norte abriga o primeiro projeto de energia eólica offshore do Brasil a receber licença prévia do Ibama.
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“Nós estamos projetando um espaço para o gerenciamento da implantação da nossa planta-piloto – o primeiro projeto de energia eólica offshore do país. O objetivo é capacitar pessoas e empresas, desenvolvendo recursos humanos e uma cadeia nacional de fornecedores”, explicou.
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A planta-piloto, que deverá entrar em operação no próximo ano, servirá como base para pesquisas oceânicas, monitoramento dos ventos e desenvolvimento de tecnologias para transmissão de energia subaquática. Após sua implantação, o projeto também abastecerá o Porto-Ilha de Areia Branca com energia 100% renovável.





