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  • Governo do RN inicia pagamento da primeira parcela do precatório do FUNDEF a professores da rede estadual

    Governo do RN inicia pagamento da primeira parcela do precatório do FUNDEF a professores da rede estadual

    A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, anunciou nesta terça-feira (9) o pagamento da primeira parcela da segunda rodada do precatório do FUNDEF aos profissionais do magistério da rede estadual. Do valor recebido da União, 60% – equivalente a R$ 174,7 milhões – serão destinados diretamente aos professores que atuaram em sala de aula entre 1º de janeiro de 1998 e 31 de dezembro de 2006.

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    O restante dos recursos será aplicado em investimentos estruturantes na rede estadual de ensino, incluindo a construção de novas escolas, reformas e manutenção predial, com o objetivo de melhorar o ambiente de aprendizagem e a qualidade da educação oferecida.

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    “Aqui se reafirma o compromisso com a educação pública e a valorização dos nossos professores. Esse é um direito histórico da categoria, e os recursos serão repassados com transparência e justiça”, destacou a governadora Fátima Bezerra.

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    O valor é parte da indenização devida ao Rio Grande do Norte devido a repasses insuficientes durante a vigência do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). No último dia 2 de setembro, a União transferiu R$ 293,5 milhões ao Estado, correspondentes a 40% do total da dívida, estimada em mais de R$ 590 milhões.

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    A secretária estadual de Educação, Socorro Batista, ressaltou a importância do pagamento para a categoria. “Cada centavo deste recurso vai chegar aos professores de forma transparente, e parte do precatório será usada para avançar na infraestrutura escolar em todo o estado, reforçando a qualidade da educação”, afirmou.

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    O rateio dos recursos seguirá acordo homologado judicialmente entre o Governo do Estado e o Sinte-RN, respeitando a ação civil pública nº 0836859-50.2021.8.20.5001 e o acordo cível originário nº 700. Uma comissão formada por representantes do Governo, do Sinte-RN, da PGE, do IPERN e das secretarias de Educação e Administração definirá os procedimentos para a distribuição dos valores.

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    O cronograma do rateio, vinculado aos repasses da União, prevê três parcelas:

    • 2025: 40% do total (primeira parcela)
    • 2026: 30% do total (segunda parcela)
    • 2027: 30% do total (terceira parcela)

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    O pagamento será feito diretamente na conta bancária dos beneficiários, incluindo aposentados, pensionistas e herdeiros. No caso de herdeiros, os valores seguirão procedimentos judiciais específicos. O cálculo individual considerará a jornada de trabalho e o tempo de serviço no período, sendo que professores com dois vínculos receberão pelos dois contratos.

  • ALRN amplia acesso à Justiça e garante apoio jurídico gratuito para famílias vulneráveis

    ALRN amplia acesso à Justiça e garante apoio jurídico gratuito para famílias vulneráveis

    No último semestre, a Coordenadoria de Defesa dos Direitos Humanos e Assistência Jurídica Popular da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) consolidou-se como um dos principais elos entre o poder público e a população de baixa renda. Em tramitação, estão atualmente 372 processos nas áreas de Direito das Famílias e Sucessões, Cível Especializada e defesa dos direitos das mulheres, um retrato da demanda reprimida de quem não consegue custear os altos custos da Justiça.

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    Para o presidente da ALRN, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), o trabalho realizado representa, na prática, o compromisso social do Legislativo.

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    “Nem todo cidadão tem condições de pagar por um advogado ou enfrentar os custos de um processo judicial. Por isso, a atuação dessa Coordenadoria é essencial. Ela representa o compromisso da Assembleia em garantir que a justiça seja acessível a todos, especialmente aos que mais precisam”, destacou.

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    Localizada no prédio anexo da Assembleia, na Avenida Jundiaí, em Natal, a Coordenadoria funciona sob a chefia da advogada Karina Silveira Silva. O atendimento é gratuito e voltado para famílias com renda de até dois salários mínimos, com foco em casos de interdição, adoção, disputas familiares, registros públicos e processos relacionados à Lei Maria da Penha.

    O serviço não se limita à elaboração de peças processuais. A unidade acompanha cada demanda do início ao fim, da primeira orientação ao comparecimento em audiências.

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    “Nosso trabalho vai além da atuação processual. É um instrumento de promoção da justiça social, que busca pacificar conflitos e assegurar os direitos fundamentais, especialmente das mulheres em situação de vulnerabilidade”, ressalta Karina.

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    Esse trabalho só é possível graças a um convênio técnico firmado entre a ALRN e a Defensoria Pública do Estado do RN, garantindo respaldo institucional e atuação dentro do escopo legal previsto.

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    Atendimento humanizado

    Com mais de três décadas de experiência, a Coordenadoria nasceu vinculada à antiga Procuradoria Judicial e hoje integra a Diretoria de Políticas Complementares da ALRN. O fortalecimento da unidade reflete o esforço do Legislativo estadual em transformar o acesso à Justiça em direito concreto, e não em privilégio.

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    Os números dão dimensão do impacto. Cada processo acompanhado significa uma família que encontrou suporte no poder público para enfrentar situações muitas vezes urgentes e delicadas.

    “Cada processo que acompanhamos representa uma família que encontra respaldo no poder público para resolver situações muitas vezes delicadas e urgentes”, reforça Karina.

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    O atendimento da Coordenadoria é presencial e acontece na sede localizada na Avenida Jundiaí, nº 481, bairro Tirol, ao lado da Câmara Municipal de Natal.
    O contato também pode ser feito pelo telefone (84) 3132-0343.

  • Protesto na Janela Lúdica: famílias e profissionais denunciam corte de honorários e risco a crianças com autismo

    Protesto na Janela Lúdica: famílias e profissionais denunciam corte de honorários e risco a crianças com autismo

    Um clima de tensão marcou a última quarta-feira (20) na clínica Janela Lúdica, em Lagoa Nova, Natal, quando mães de pacientes e profissionais de saúde se mobilizaram contra cortes drásticos nos honorários pagos pela operadora Humana Saúde e a interrupção de atendimentos. A clínica, referência no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), viu a situação escalar a ponto de a empresa acionar a Polícia para conter o protesto. Vídeos compartilhados nas redes sociais registram a revolta de familiares e pacientes.

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    Segundo testemunhas, a medida da Humana Saúde reduziu em 50% os pagamentos aos profissionais sem qualquer negociação prévia. “Essas mães estavam revoltadas porque durante muitos meses tentam consultas, têm dificuldades em função da alta demanda e ontem esse tratamento foi interrompido. Os profissionais não pararam por completo, mas houve uma paralisação parcial. As mães entenderam perfeitamente a reivindicação deles e acharam justas. Elas ficaram extremamente insatisfeitas com a atitude do plano de saúde”, disse uma fonte que preferiu não se identificar.

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    Entre as críticas das famílias está a superlotação da clínica, que antes atendia cerca de 60 crianças e hoje já recebe aproximadamente 300, segundo relatos. “Descredenciaram clínicas e jogaram todas as crianças dentro da Janela Lúdica, sem ter condições de atender, sem profissionais suficientes. Estão pagando R$ 17 a hora trabalhada, menos 10%, ou seja, R$ 15,30. Nenhum profissional quis ficar. Nossos filhos vão ficar sem tratamento”.

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    O descontentamento levou à organização de um novo protesto, marcado para a próxima segunda-feira (25), às 14h, em frente ao supermercado Nordestão, na Av. Salgado Filho. Mães e profissionais esperam chamar a atenção da sociedade e das autoridades sobre o que consideram um desrespeito grave à saúde e ao direito de crianças com autismo. “Nossos filhos não podem ficar sem tratamento. A Humana precisa ser responsabilizada”, concluiu.

  • Policiais Civis do RN voltam a protestar contra falta de propostas do governo

    Policiais Civis do RN voltam a protestar contra falta de propostas do governo

    Policiais civis do RN fizeram, nesta quarta-feira(17), um protesto que seguiu até à Assembleia Legislativa para pressionar o Governo do RN pela aprovação do projeto de lei do auxílio-fardamento. O PL precisa ser anunciado para votação na sessão desta quarta-feira para ser votado na sessão plenária da quinta-feira (18). Os policiais civis suspenderam as diárias operacionais, que são serviços extra realizados pelos servidores para completar a escala da instituição.

    O presidente do Sinpol, Nilton Arruda, propõe ainda o fim dos plantões noturnos, caso o governo não envie nenhuma nova proposta de reajuste.

    De acordo com o presidente do Sinpol, as ações implementadas pela categoria devem se tornar cada vez mais abrangentes, visando a restrição de mais atividades.

    Para ele, a gestão da Governadora Fátima Bezerra (PT) tem demonstrado “falta de respeito” com os trabalhadores, e estes estão reagindo na proporção da atitude da administração. A população será prejudicada, mas a responsabilidade maior é do Governo do Estado”, disse.

    Desde a segunda-feira (15), os policiais civis interromperam os serviços de diárias operacionais, que funciona por meio de escalas em trabalhos extraordinários. De acordo com a Polícia Civil, as delegacias funcionam normalmente, lidando apenas com reduções no contigente para operações e serviços extras.

    Durante o movimento de protesto desta quarta-feira, mais de 500 policiais civis (acrescentando agentes e escrivães lotados de Mossoró e região, bem como o Seridó) participaram das ações em todo o Estado, sendo 410 advindos da capital. Os policiais também reivindicam a nomeação de 153 concursados já nomeados.
    A proposta de paralisar os plantões noturnos será discutida pelo sindicato nos próximos dias.