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    Comerciantes protestam contra projeto de concessão do terminal Turístico da Redinha

    Nesta quarta-feira (7), comerciantes se manifestaram na Câmara
    Municipal de Natal contra o projeto de lei que prevê a concessão do
    Terminal Turístico da Redinha à iniciativa privada. O terminal, que está
    em construção pela Prefeitura do Natal, tem gerado apreensão entre os
    comerciantes locais.O projeto, enviado pelo prefeito Álvaro Dias (Republicanos) no mês
    passado, ainda está em tramitação nas comissões da Câmara. No entanto,
    os comerciantes temiam que um pedido de urgência pudesse ser votado
    durante a sessão, em uma possível manobra da bancada governista,
    aproveitando o quórum presente. Apesar do receio, nenhum requerimento de
    urgência foi apresentado, e o projeto continuará tramitando sem pressa.O vereador Daniel Valença (PT) afirmou que o protesto dos
    comerciantes fez com que os vereadores aliados ao prefeito desistissem
    de pautar a urgência, o que foi negado pelo líder do governo, Kleber
    Fernandes (Republicanos).Os comerciantes expressaram preocupação com a possibilidade de serem
    excluídos do novo terminal, mesmo após décadas de trabalho na Redinha.
    Além disso, criticaram o valor que possivelmente será cobrado para
    continuar operando no local, com uma comerciante mencionando uma taxa de
    R$ 1,3 mil, embora essa informação não tenha sido confirmada pela
    prefeitura.Durante a sessão, os vereadores discutiram o projeto. O governista
    Raniere Barbosa (União Brasil) defendeu a concessão, afirmando que a
    iniciativa privada poderia gerir o Terminal Turístico com mais
    eficiência, citando exemplos de concessões bem-sucedidas na cidade, como
    a Arena das Dunas e o Hotel Barreira Roxa.Por outro lado, o vereador oposicionista Robério Paulino (Psol)
    criticou a prefeitura por querer conceder o espaço à iniciativa privada
    após investir R$ 30 milhões na construção. Ele também contestou a ideia
    de que o setor privado sempre administra melhor que o público, usando
    universidades públicas como contraexemplo.O projeto de lei prevê a concessão de uma área de 16,5 mil metros
    quadrados na Zona Norte de Natal por 25 anos, excluindo a faixa de
    praia, igreja e ruas. A empresa vencedora da licitação será responsável
    por alocar os antigos ocupantes dos boxes e quiosques, com contratos de
    até seis anos e aluguéis controlados. Além disso, 10% dos espaços
    deverão ser reservados a empresários locais, e 10% das receitas líquidas
    deverão ser aplicadas em melhorias no bairro. O prefeito argumenta que a
    concessão visa modernizar a Redinha e incrementar a atividade turística
    na região.