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  • Descontos indevidos, roubo de dados e cadáveres: livro revela bastidores de fraudes na Previdência

    Descontos indevidos, roubo de dados e cadáveres: livro revela bastidores de fraudes na Previdência

    Uma teia de golpes, fraudes e práticas criminosas envolvendo a Previdência Social tem causado prejuízos bilionários ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e afetado diretamente a vida de milhares de aposentados e pensionistas em todo o país. O alerta vem do advogado Rômulo Saraiva, especialista em Direito Previdenciário e colunista da Folha, que reuniu mais de 400 casos reais em sua nova obra: “Fraudes no INSS – Casos Práticos de Vazamento de Dados, Engenharia Social e Impactos na Proteção Social”.

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    O livro será lançado nesta quinta-feira (7), às 19h, na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), zona oeste da capital paulista, e apresenta um panorama preocupante: só os descontos indevidos feitos por sindicatos e associações somam mais de R$ 6 bilhões retirados diretamente da folha de pagamento do INSS — e esse é apenas um dos esquemas revelados.

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    Entre as fraudes mais recorrentes estão o uso de documentação falsa, roubo de dados sensíveis de segurados, saque indevido após a morte do beneficiário, compra de laudos médicos para concessão de benefícios por incapacidade e a falsificação de prova de vida. Há ainda o uso de cadáveres para fraudes bancárias, além de engenharia social com o uso de inteligência artificial e manipulação da boa-fé dos próprios segurados.

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    “As fraudes vão desde o suborno até a utilização de tecnologias para enganar os sistemas de segurança”, afirma Saraiva. Segundo ele, a sofisticação dos golpes acompanha a evolução dos meios digitais, expondo aposentados a novos tipos de vulnerabilidade. “Muitos ainda caem em armadilhas tradicionais, mas o avanço tecnológico multiplicou os caminhos para os criminosos.”

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    O ponto de partida para a obra foram as ações da Força Tarefa Previdenciária da Polícia Federal, além de investigações parlamentares como a CPI da Previdência de 1993. Casos históricos, como o da ex-advogada Jorgina de Freitas, considerada uma das maiores fraudadoras da história do INSS, também integram a análise. Na década de 1990, ela foi acusada de liderar um esquema que desviou milhões de reais de agências no Rio de Janeiro.

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    Ainda hoje, segundo o autor, é impossível mensurar com exatidão o rombo causado à Previdência. “Naquela época, estimou-se que 50% da arrecadação do INSS era perdida com fraudes. Apenas 7% foram recuperados”, lembra Saraiva.

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    O levantamento não se limita ao Brasil: o autor pesquisou casos na Justiça Federal, em notícias da imprensa e identificou ocorrências semelhantes em países como Estados Unidos, Suécia, Itália e Japão, evidenciando que o problema é global.

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    “Meu objetivo foi mostrar que essas práticas criminosas têm impactos diretos na proteção social de quem mais precisa e que ainda há pouca estrutura de enfrentamento frente à criatividade das quadrilhas”, diz o autor.

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    A obra propõe também caminhos para prevenir golpes e reforçar a segurança dos beneficiários da Previdência Social — um sistema cada vez mais pressionado, não apenas por questões fiscais, mas pela ação silenciosa e lucrativa de fraudadores.

  • INSS Retoma obrigatoriedade da prova de vida em 2025 com novo prazo de atualização

    INSS Retoma obrigatoriedade da prova de vida em 2025 com novo prazo de atualização

    O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retomou, a partir de janeiro de 2025, a exigência da prova de vida para a manutenção dos benefícios. A obrigatoriedade havia sido suspensa até 31 de dezembro de 2024 por uma portaria do Ministério da Previdência Social (MPS). Com o fim da medida, o procedimento volta a ser obrigatório para todos os beneficiários.

    Apesar da retomada, o INSS informou que ainda não está bloqueando ou notificando segurados. A prova de vida, que é exigida anualmente, visa assegurar que os beneficiários estão vivos, utilizando informações cruzadas de bases de dados federais e entidades parceiras.

    Uma das principais mudanças em 2025 é a alteração na contagem do prazo para a realização da prova de vida. Antes, o período era calculado com base na data de aniversário do beneficiário. Agora, os segurados têm até 10 meses após a última atualização do benefício ou a última prova de vida realizada para regularizar sua situação.

    Como Funciona a Prova de Vida

    O procedimento é essencial para garantir a continuidade do pagamento dos benefícios. O INSS utiliza um sistema de cruzamento de informações que considera interações realizadas pelo beneficiário ao longo do ano, como:

    • Acesso ao aplicativo Meu INSS (com selo ouro) ou a outros sistemas públicos com controle de acesso;
    • Realização de empréstimo consignado com reconhecimento biométrico;
    • Atendimento presencial em agências do INSS, por telemedicina ou em instituições parceiras;
    • Vacinação;
    • Atualizações no Cadastro Único (CadÚnico);
    • Participação em eleições;
    • Emissão ou renovação de documentos oficiais, como passaporte, RG e CNH;
    • Declaração de Imposto de Renda (IR).

    Se o sistema identificar interações suficientes, a prova de vida é considerada automaticamente realizada. Dessa forma, o beneficiário não precisa realizar o procedimento presencialmente.

    Os segurados podem verificar se a prova de vida foi efetivada acessando o aplicativo Meu INSS ou entrando em contato com a Central de Atendimento telefônico 135. A consulta permite conferir a data da última comprovação e garantir que o pagamento do benefício seja mantido.

  • INSS inicia pagamento antecipado

    INSS inicia pagamento antecipado

    Nesta quinta-feira (2), o INSS começou a pagar a primeira parte do 13º salário para aposentados, pensionistas e outros segurados que recebem mais do que um salário mínimo (R$ 1.412). O governo federal decidiu adiantar esse benefício, que deve atingir cerca de 33,6 milhões de pessoas. Podem receber o 13º aqueles que receberam aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão da Previdência Social em 2024. Também estão incluídos aqueles que receberam auxílio por incapacidade temporária e auxílio-acidente.

    De acordo com o INSS, essa primeira parcela corresponderá a 50% do valor do abono salarial e será paga até o dia 8 de maio, tanto para os segurados que ganham até um salário mínimo quanto para os que ganham mais, juntamente com os pagamentos regulares de aposentadorias e pensões do mesmo mês. Ao todo, serão distribuídos R$ 33,4 bilhões. Para verificar se você tem direito, é possível acessar o site ou aplicativo do INSS e conferir o extrato de pagamento referente ao mês da liberação do benefício. Para quem não tem acesso à internet, a consulta pode ser feita ligando para a Central 135.

    Veja o calendário completo de pagamento do 13º salário:

    Para quem recebe até um salário mínimo (R$ 1.412)

    • Final do benefício 1 – 24/4 e 24/5
    • Final do benefício 2 – 25/4 e 27/5
    • Final do benefício 3 – 26/4 e 28/5
    • Final do benefício 4 – 29/4 e 29/5
    • Final do benefício 5 – 30/4 e 31/5
    • Final do benefício 6 – 2/5 e 3/6
    • Final do benefício 7 – 3/5 e 4/6
    • Final do benefício 8 – 6/5 e 5/6
    • Final do benefício 9 – 7/5 e 6/6
    • Final do benefício 0 – 8/5 e 7/6

    Para quem recebe acima de um salário mínimo

    • Final do benefício 1 e 6 – 2/5 e 3/6
    • Final do benefício 2 e 7 – 3/5 e 4/6
    • Final do benefício 3 e 8 – 6/5 e 5/6
    • Final do benefício 4 e 9 – 7/5 e 6/6
    • Final do benefício 5 e 0 – 8/5 e 7/6

    Este é o quinto ano consecutivo que o 13º salário do INSS é pago de forma antecipada aos beneficiários. Em 2020 e 2021, os depósitos, geralmente feitos no segundo semestre do ano, foram realizados mais cedo devido à crise provocada pela pandemia de covid-19. Já em 2022 e 2023, a antecipação ocorreu com objetivo de estimular a economia.