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Tag: segurança hídrica

  • Águas do São Francisco chegam ao Seridó e marcam novo ciclo para o Rio Grande do Norte

    Águas do São Francisco chegam ao Seridó e marcam novo ciclo para o Rio Grande do Norte

    O Rio Grande do Norte deu um passo histórico nesta terça-feira (19) com a chegada das águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) ao Seridó. O marco foi celebrado em Jardim de Piranhas, onde moradores se reuniram na estação de captação da Caern para acompanhar o momento em que o Rio Piranhas voltou a correr com volume garantido pela transposição. Às 17h, a solenidade seguiu para Jucurutu, com a abertura das comportas da barragem de Oiticica, de onde a água seguirá rumo à Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório do estado.

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    A governadora Fátima Bezerra classificou o momento como divisor de águas. “Estamos celebrando a chegada das águas do São Francisco ao Seridó de forma planejada, consistente e contínua. Isso significa que o povo passa a contar, de forma permanente, com segurança hídrica para consumo e desenvolvimento”, declarou. Ela destacou ainda o papel do presidente Lula, que retomou obras e garantiu recursos para a conclusão de etapas do projeto.

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    O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que o investimento vai muito além do abastecimento humano. “Não se trata apenas de matar a sede, mas de criar condições para agricultura, turismo e geração de empregos. O presidente Lula determinou que a água fosse motor do desenvolvimento econômico do semiárido, e esse momento é resultado desse esforço”, disse.

    O prefeito de Jardim de Piranhas, Rogério Soares, destacou o efeito direto para pequenos agricultores e para a economia local. “O agricultor que antes não tinha condições de plantar agora pode produzir frutas e verduras, vender para as prefeituras e movimentar renda em nossa cidade”, afirmou. Já Lucas Galvão, prefeito de Currais Novos, relembrou a rotina de escassez. “Vivemos anos dependendo de carro-pipa e chafarizes. Hoje, ver a água chegar ao Seridó é a realização de um sonho coletivo.”

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    A maior obra hídrica do país

    O PISF é considerado a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil, com 477 quilômetros de extensão divididos em dois eixos. Ele garante segurança hídrica a 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. No caso do RN, além de atender ao consumo humano, a obra também deve impulsionar setores produtivos estratégicos.

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    Com a abertura das comportas de Oiticica, as águas passam a integrar um sistema que fortalece o abastecimento de várias cidades potiguares. Para o governo estadual, o momento simboliza o fim da chamada “indústria da seca” e o início de um ciclo de planejamento hídrico sustentável. “Estamos conectando infraestrutura com vida, dignidade e oportunidade para o povo potiguar”, concluiu Fátima Bezerra.

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    O evento contou com a presença de prefeitos e vice-prefeitos do Seridó e de outras regiões do estado, além do ex-senador Garibaldi Alves; da deputada federal Natália Bonavides; dos deputados estaduais Isolda Dantas, Francisco Medeiros (Chico do PT), Divaneide Basílio e Hermano Morais. Também acompanharam secretários estaduais e dirigentes de órgãos ligados à gestão de recursos hídricos, como Paulo Varella (Semarh), Procópio Lucena (Igarn) e Guilherme Saldanha (Sape).

  • Águas do São Francisco chegam ao Rio Grande do Norte e beneficiam 43 municípios

    Águas do São Francisco chegam ao Rio Grande do Norte e beneficiam 43 municípios

    Às 23h53 da quarta-feira (13), as águas do Rio São Francisco chegaram ao Rio Grande do Norte, marcando um marco histórico do Projeto de Integração de Águas do Rio São Francisco (PISF). O projeto visa garantir abastecimento de água potável e apoio à agricultura familiar, beneficiando milhares de potiguares.

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    Para a governadora Fátima Bezerra, o momento representa a realização de um sonho antigo da população do semiárido:

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    “É a concretização de um sonho que se torna presente e futuro. Como sertaneja conheci de perto as dificuldades pela escassez de água. Viver este momento me emociona profundamente. Lutamos muito por isso. O povo potiguar tem resiliência forjada no trabalho. A água chegou vinda de longe para todos e para todas.”

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    O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Paulo Varella, destacou que a obra vai além da engenharia:

    “A chegada das águas do São Francisco ao Rio Grande do Norte representa segurança hídrica para as atuais e futuras gerações. Essa integração de bacias não é apenas uma obra de engenharia; é uma política de Estado que garante desenvolvimento sustentável, fortalece a economia e leva cidadania para milhares de famílias potiguares.”

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    O PISF é a maior obra de infraestrutura hídrica do país, com 477 quilômetros em dois eixos — Leste e Norte. O projeto vai atender 12 milhões de pessoas em 390 municípios de quatro estados: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Ceará. O Eixo Norte, responsável pelo abastecimento do Seridó, transporta água de Cabrobó (PE) até o RN, passando por Paraíba e Ceará.

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    O fluxo inicial da água que chegou ao RN é de 2,95 metros cúbicos por segundo. A água vem das barragens Caiçara, Engenheiro Ávidos e São Gonçalo, na Paraíba, e seguirá para a barragem Oiticica, em Jucurutu — com capacidade de 742 milhões de metros cúbicos —, e para a barragem Armando Ribeiro, entre Assu, Itajá e São Rafael, com capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos.

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    A barragem Oiticica, inaugurada em março deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela governadora Fátima Bezerra, atende 43 municípios e possibilita a irrigação de 10 mil hectares, fortalecendo a economia local e garantindo segurança hídrica para o Seridó potiguar.

  • Faltam 40 km para água da transposição do São Francisco chegar ao RN

    Faltam 40 km para água da transposição do São Francisco chegar ao RN

    A chegada das águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) está próxima de transformar a segurança hídrica no Seridó potiguar. Nesta terça-feira (12), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional informou que as águas que seguem por gravidade pelo leito do Rio Piranhas estavam no Lajão do Sítio Queimado, no município de Paulista, na Paraíba, a apenas 40 quilômetros da divisa com o Rio Grande do Norte.

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    Com 17 municípios, uma extensão territorial de aproximadamente 7 mil km² e uma população estimada em 200 mil habitantes, o Seridó é conhecido pela baixa pluviosidade e histórico de dificuldades no abastecimento, apesar da grande concentração de reservatórios públicos e privados. As águas do São Francisco reforçarão os estoques dos dois maiores açudes do estado, Armando Ribeiro e a recém-inaugurada Barragem de Oiticica, que servem como pontos de captação para as adutoras previstas para começar a operar no primeiro semestre de 2026.

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    O secretário estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Paulo Lopes Varella, ressaltou que a chegada da água marca a transição para um novo modelo de gestão hídrica, que deixa de lado ações emergenciais para adotar uma estratégia preventiva e planejada. “Estamos marchando na direção de nossa maioridade no que diz respeito à segurança hídrica. São as primeiras águas que chegam dentro dessa perspectiva”, afirmou.

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    O planejamento para a chegada da água começou em 2024, com o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) e a Semarh apresentando ao Ministério da Integração o plano operativo que orientou o transporte pelo sistema da transposição. “Agora temos condições de planejar a vinda da água de acordo com nossas necessidades”, destacou Varella.

    Nesta fase, estão sendo entregues 47 milhões de metros cúbicos de água, volume suficiente para encher reservatórios como o Açude Gargalheiras, em Acari, ou a Barragem das Traíras, em Jardim do Seridó. Para 2026, o governo estadual já planeja dobrar esse volume, conforme apontado pelo diretor geral do Igarn, Procópio Lucena.

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    Segundo Lucena, a chegada planejada e permanente das águas do PISF no Rio Grande do Norte é fundamental para mitigar os impactos das mudanças climáticas no semiárido, proporcionando benefícios como aumento da segurança hídrica, integração de políticas públicas, inclusão social, geração de emprego e renda, além de garantir dignidade e soberania alimentar às populações mais vulneráveis da região.

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    Relembre: Em 2017, a seca severa levou ao colapso do abastecimento no Seridó, deixando municípios sem água suficiente para a população, episódio que agora deve entrar para a história diante das novas perspectivas criadas pela transposição.

  • Águas do São Francisco começam a ser liberadas para o RN e devem chegar ao estado até 22 de agosto

    Águas do São Francisco começam a ser liberadas para o RN e devem chegar ao estado até 22 de agosto

    Após décadas de expectativa, o Rio Grande do Norte começou a receber nesta terça-feira (5) as águas da transposição do Rio São Francisco. A operação marca um avanço histórico no Projeto de Integração do São Francisco (Pisf) e é vista como um passo decisivo para garantir segurança hídrica ao estado. A liberação foi autorizada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, com apoio do Governo do Estado.

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    A água foi captada na Estação de Bombeamento EBI-1, em Cabrobó (PE), e começou a ser liberada pela Estação de Controle Caiçara, na Paraíba, com vazão inicial de 10 mil litros por segundo (10 m³/s). A expectativa é que entre os dias 18 e 22 de agosto o fluxo chegue à divisa com o RN, seguindo até a Barragem de Oiticica, em Jucurutu, e à Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório do estado.

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    “Agora é de verdade a chegada das águas do Rio São Francisco ao Rio Grande do Norte, trazendo ao nosso sertão esta imensa contribuição rumo à segurança hídrica. Um sonho sonhado desde o século XIX, retirado do papel pelo presidente Lula”, afirmou a governadora Fátima Bezerra. Ela destacou o impacto do projeto na vida de quem convive com a escassez de água e agradeceu ao ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

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    Percurso técnico e abastecimento estratégico

    O trajeto das águas até o RN integra o Eixo Norte do Pisf e percorre um complexo de canais e estações que já somam 239 km. A próxima etapa é o Túnel Engenheiro Avidos, com liberação prevista para 6 de agosto e vazão total de 12,5 m³/s — dos quais 10 m³/s são destinados exclusivamente ao Rio Grande do Norte. O fluxo seguirá até o Túnel São Gonçalo, em Sousa (PB), num percurso adicional de aproximadamente 25 km.

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    Durante os 132 dias de operação, o volume total previsto para o RN é de 46,3 milhões de metros cúbicos, com vazão média de 4,06 m³/s. O mês de agosto será utilizado como fase de testes, com ajustes técnicos baseados no comportamento do sistema hídrico.

    Além de garantir abastecimento para consumo humano, o projeto contempla usos múltiplos da água: agricultura, dessedentação animal e outros fins essenciais, atendendo milhares de famílias potiguares — especialmente no semiárido.

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    Expansão para o Alto Oeste até 2026

    O Governo Federal e o Governo do Estado também trabalham para estender o benefício da transposição ao Alto Oeste potiguar, por meio de um túnel em construção no município de Major Sales, que já está com mais de 80% das obras concluídas. A previsão é que a água chegue à região até abril de 2026.