spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
JustiçaSTF lança Mutirão Racial nacional inspirado em projeto do Tribunal de Justiça...

STF lança Mutirão Racial nacional inspirado em projeto do Tribunal de Justiça do RN

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, anunciou na última terça-feira (30) a criação de um Mutirão Racial em âmbito nacional, inspirado em um projeto pioneiro desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN).

.

O anúncio foi feito durante uma reunião com presidentes e representantes de todos os tribunais superiores, estaduais, regionais, militares, eleitorais e trabalhistas do país. Fachin destacou que o objetivo é acelerar o julgamento de processos relacionados à temática racial, de cor, etnia e origem em todo o território nacional.

.

O Mutirão Racial foi criado em 2023 pelas Comissões de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação do TJRN, com apoio da Corregedoria e da Presidência do tribunal. Desde então, a iniciativa vem sendo referência pela forma como prioriza e dá visibilidade a ações que envolvem discriminação racial no sistema de justiça.

.

A meta do STF é reduzir em 20% o estoque de cerca de 10 mil processos pendentes sobre questões raciais até novembro deste ano. Fachin adiantou que o esforço será contínuo em 2026, com o objetivo de eliminar completamente esse passivo.

.

“Ficamos surpresos, mas imensamente felizes e honrados de saber que um projeto nosso será nacionalizado pelo CNJ. É um reconhecimento de que estamos no caminho certo e que pequenas ações do Poder Judiciário podem fazer diferença”, celebrou a desembargadora Lourdes Azevêdo, presidente da Comissão do TJ potiguar.

.

A juíza Ana Paula Nunes, vice-presidente da Comissão, destacou o papel essencial do Judiciário no enfrentamento ao racismo estrutural. “As desigualdades exigem respostas em todas as esferas da sociedade, inclusive na Justiça. O Judiciário tem um papel fundamental na promoção da equidade e na plena aplicação das diretivas constitucionais”, afirmou.

.

A experiência do TJRN já havia ganhado destaque nacional em 2024, quando recebeu menção honrosa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante o Seminário Boas Práticas em Equidade Racial no Judiciário. Os mutirões são realizados tradicionalmente em novembro, mês da Consciência Negra, e em maio, durante a Semana Nacional de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação.

- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Matérias Relacionadas

mulheres trabalham cinco anos a mais que os homens

Paiva Rebouças – Sala de Ciência-Agecom/UFRN Uma análise minuciosa dos...

Sindsaúde fala em “tragédia anunciada” após erro de medicação em UPA de Natal 

Uma paciente de 19 anos teve uma parada cardiorrespiratória depois de ser...

Natália Bonavides pede perda de patente de Bolsonaro e mais quatro 

O Superior Tribunal Militar recebeu a representação da deputada federal Natália Bonavides...

Não bastavam os homens?

A festa fervia num desses salões improvisados que a...

A imprensa que bate em Chico, livra Francisco

Por dever de ofício, ouço rádio, vejo televisão e...

Natal concentra 30% do PIB do Rio Grande do Norte, segundo IBGE 

Com contribuição nos mais diversos setores, Natal respondeu por...

Brisa apresenta defesa em processo e reafirma que sofre perseguição política 

A vereadora Brisa Bracchi (PT) entregou nesta sexta (19) a defesa...

Natal Sem Fome: manifestantes ocupam supermercado em Natal 

Denunciando o desperdício e alto preço dos alimentos, cerca...

Paulinho Freire tem pior avaliação entre prefeitos das capitais do NE

No ranking de 2025 de avaliação do desempenho dos prefeitos do Brasil da AtlasIntel,...
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img