A Prefeitura do Natal encaminhou as informações solicitadas pelo Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) sobre a obra de engorda da Praia de Ponta Negra. O documento foi protocolado às 14h30, após uma força-tarefa envolvendo a Prefeitura, a Funpec e a DTA Engenharia. Segundo o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, não há impedimentos técnicos para a liberação da Licença de Instalação e Operação (LIO), e ele conta com a sensibilidade técnica do Idema para a liberação.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) respondeu aos oito itens questionados pelo Idema. A Prefeitura de Natal teme que, sem a emissão da LIO em breve, a obra seja adiada para 2025, o que poderia causar impactos econômicos e ambientais negativos. O período ideal para a realização da obra é entre julho e o final de outubro, devido a questões ambientais.
A engorda da Praia de Ponta Negra é essencial devido à erosão costeira que tem afetado a área, incluindo o Morro do Careca, um dos principais cartões postais de Natal. O projeto, em discussão há vários anos, visa alargar a faixa de areia da praia em até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca.
Atualmente, durante a maré cheia, bares, barracas e banhistas são praticamente impedidos de acessar a areia e o mar. A empresa paulista Tetratech, responsável pelos estudos, propôs a engorda utilizando areia submersa de uma jazida em Areia Preta para Ponta Negra. A engorda consiste em um aterro ao longo de 4 quilômetros na enseada de Ponta Negra, com o objetivo de alargar a faixa de areia nas praias de Ponta Negra e parte da Via Costeira.
Além disso, um artigo científico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apontou que o Morro do Careca diminuiu 2,37 metros em altura nos últimos 17 anos, passando de 66 metros em 2006 para 63,63 metros atualmente. Esta redução é atribuída ao avanço do mar e à diminuição da faixa de areia em Ponta Negra, que faz com que a energia das ondas alcance a base do morro.
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