A atriz Berta Loran faleceu na noite deste domingo (28), no Rio de Janeiro. Internada no Hospital Copa D’Or, a veterana, que completaria 100 anos em março de 2026, teve sua morte confirmada pela assessoria do centro de saúde, que, no entanto, não divulgou a causa.
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Nascida em Varsóvia, na Polônia, em 1926, Berta chegou ao Brasil aos 9 anos, fugindo da perseguição nazista aos judeus na Europa. Tornou-se naturalizada brasileira em 1957, consolidando-se como uma das artistas mais respeitadas do país.
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Trajetória artística
Berta iniciou sua carreira como atriz e comediante em clubes da comunidade judaica, estreando no cinema em 1955 no filme Sinfonia Carioca, de Watson Macedo. Sua carreira no teatro e no cinema logo chamou a atenção da televisão, e ela passou a integrar o programa Espetáculos Tonelux, na extinta TV Tupi.
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Em 1966, a convite de Boni, ingressou na TV Globo no programa Bairro Feliz, dirigido por Max Nunes e Haroldo Barbosa. Ao longo das décadas seguintes, participou de importantes produções que marcaram a história da televisão brasileira, incluindo Balança Mas Não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (1970–1973), Satiricon (1974–1975), Planeta dos Homens (1976–1982) e Viva o Gordo (1981).
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Na década de 1990, passou a integrar os programas de Chico Anysio, em especial a Escolinha do Professor Raimundo. Nessa atração, interpretou diferentes personagens: a imigrante portuguesa Manuela D’Além Mar, a judia Sara Rebeca na segunda versão do programa em 2001, e Maria, novamente portuguesa, em sua terceira participação, contracenando com Agildo Ribeiro.
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Sua última atuação na televisão ocorreu em 2009, na novela A Dona do Pedaço, de Walcyr Carrasco, na qual interpretou Dinorá Macondo, mãe do personagem Juninho, vivido por Marco Nanini.
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Berta Loran deixa um legado marcante no cinema, teatro e televisão, sendo lembrada por sua versatilidade, talento cômico e dedicação à arte.
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