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Pesquisadores da UFRN desenvolvem tecnologia para tratamento da Esquizofrenia


Na última terça-feira (9), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) expediu uma carta-patente para uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com potenciais impactos na área da química e da medicina, visando aprimorar o tratamento de pessoas diagnosticadas com esquizofrenia.

Os efeitos colaterais da medicação tradicional para esquizofrenia, como tremores, agitação, insônia, sonolência, tonturas, disfunção sexual e ganho de peso, têm impacto direto na rotina e na qualidade de vida dos pacientes. Com o intuito de melhorar esse cenário, Sibele Berenice Castellã Pergher, Artur de Santana Oliveira e Ana Clécia Santos de Alcântara, cientistas da UFRN, desenvolveram o produto patenteado.

A tecnologia consiste em um material compósito, composto por argila e dois biopolímeros. Essa combinação de materiais resultou no que os autores chamam de bionanocompósito. Os materiais compósitos são heterogêneos, compostos por dois materiais diferentes com propriedades complementares.

Sibele Pergher, coordenadora da equipe, explica que o compósito tem a capacidade de aprisionar a droga olanzapina, utilizada no tratamento da esquizofrenia, e controlar sua liberação no organismo. Com esse controle, o tratamento tende a ser mais eficaz, pois a droga é liberada no local exato onde o organismo precisa absorvê-la.

Depositada em 2016, sob o nome “Bionanocompósito lpm-7 para liberação controlada de olanzapina a partir do argilomineral montmorillonita”, a invenção tem o potencial de impactar a vida de cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo que convivem com a esquizofrenia. A doença geralmente se manifesta entre os 12 e 30 anos de idade, levando muitas vezes a uma sensação de desconexão e isolamento.

Essa concessão de patente é a terceira da UFRN este ano e reforça a posição da universidade como a instituição de ensino com mais patentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A UFRN ocupa essa posição desde fevereiro de 2022, tendo obtido 14 concessões em 2023, a segunda melhor marca anual da universidade em sua história.


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Pesquisadores da UFRN desenvolvem tecnologia para tratamento da Esquizofrenia


Na última terça-feira (9), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) expediu uma carta-patente para uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com potenciais impactos na área da química e da medicina, visando aprimorar o tratamento de pessoas diagnosticadas com esquizofrenia.

Os efeitos colaterais da medicação tradicional para esquizofrenia, como tremores, agitação, insônia, sonolência, tonturas, disfunção sexual e ganho de peso, têm impacto direto na rotina e na qualidade de vida dos pacientes. Com o intuito de melhorar esse cenário, Sibele Berenice Castellã Pergher, Artur de Santana Oliveira e Ana Clécia Santos de Alcântara, cientistas da UFRN, desenvolveram o produto patenteado.

A tecnologia consiste em um material compósito, composto por argila e dois biopolímeros. Essa combinação de materiais resultou no que os autores chamam de bionanocompósito. Os materiais compósitos são heterogêneos, compostos por dois materiais diferentes com propriedades complementares.

Sibele Pergher, coordenadora da equipe, explica que o compósito tem a capacidade de aprisionar a droga olanzapina, utilizada no tratamento da esquizofrenia, e controlar sua liberação no organismo. Com esse controle, o tratamento tende a ser mais eficaz, pois a droga é liberada no local exato onde o organismo precisa absorvê-la.

Depositada em 2016, sob o nome “Bionanocompósito lpm-7 para liberação controlada de olanzapina a partir do argilomineral montmorillonita”, a invenção tem o potencial de impactar a vida de cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo que convivem com a esquizofrenia. A doença geralmente se manifesta entre os 12 e 30 anos de idade, levando muitas vezes a uma sensação de desconexão e isolamento.

Essa concessão de patente é a terceira da UFRN este ano e reforça a posição da universidade como a instituição de ensino com mais patentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A UFRN ocupa essa posição desde fevereiro de 2022, tendo obtido 14 concessões em 2023, a segunda melhor marca anual da universidade em sua história.


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